[...] Antes da revolução agrícola e industrial não havia quase nenhum trabalho que as mulheres não realizasse. Nenhum trabalho era duro ou exaustivo demais para elas. No campos e nas minas, nas manufaturas e lojas, nos mercados e estradas, bem como nas oficinas e em casa, as mulheres viviam ocupadas ajudando seus homens, substituindo-os em caso de ausências ou morte, ou contribuindo com sua labuta para a renda familiar.[...]
Desde os primórdios da existência humana na terra, as mulheres já tinham seus afazeres designados pela natureza de sua necessidade. Geralmente, dona de casa, s tinha que saber matar seu próprio porco, trinchando as juntas com precisão a fim de prepará-las para a tina de salgar. Sua família só teria pão se ela conhecesse todos os estágios do processo, a partir de semear, colher, respigar, joeirar, moer armazenar e assar, tudo muito corretamente Em todos os países, igualmente era a mulher que fermentava a cerveja e cidra, mais ao norte, fazia xinho mais ao sul, enquanto que na África mulheres quissama de Angola subiam nas palmeiras para recolher a preciosa cerveja de palmeira. Ajudar ao marido a encher a carroça de esterco, puxar o arado, empilhar o feno, o milho e congêneres. Também ir ao mercado, vender manteiga, queijo, leite, ovos e galinhas, capões, frangos porcos , gansos e toda espécie de grão. E também comprar toas as coisas necessárias pertencentes à administração da casa, e fazer contas e cálculos claros para o marido sobre o que recebeu e pagou.
A prática era a mulher levantar-se antes dos marido e ir deitar-se depois dele.
As mulheres também faziam a higiene íntima do homem quando esse ia "vazar". Uma das femeas da casa tinha que atendê-lo.( isso acontecia no estado indiano de Mysire) - acredito que ninguém as invejava.
Da cabeça aos pés uma mulher cumpridora de seus deveres massageava, penteava o marido, além de limpar-lhe o escalpo. Durante a realização de uma dessas aventuras podia-se encontrar piolhos. Fazer a barba, lavar, massagear e masturbar ( chamado 'massagem de alívio' também constava do contrato. O trabalho de esposa consistia todas as tarefas que a mulher tinha de executar para seu marido, de natureza física, sexual, muitas vezes nauseante. Em seu nível mais alto 'trabalho de esposa' eram só os que recaíam sobre a mulher quando esta era casada, porque s por mais pobre que o marido fosse ele sempre precisava da mulher para subjugar., afinal alguém tinha que ser inferior a ele.
[...] mulher virtuosa quem a achará? o seu valor muito excede os de finas jóias. O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e não o mal, todos os dias da sua vidas. Busca lã e linho e de bom grado trabalha com as mãos. É como o navio mercante: de longe traz o seu pão. É ainda noite, e já se levanta e dá mantimento à sua casa e a tarefa às suas servas. Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho.[...]
a mulher mesmo sendo frágil no casamento está sujeita a muitos perigos que e se oferecem a cada dia de trabalhos e dificuldades muito grandes, exposta a contínuos dissabores e zangas, vida, como diz São Paulo, onde ânimo e coração estão divididos como alheios entre si, acudindo ora os filhos, ora o marido, ora a família; para que tanta fraqueza saia virtuosa da contenda tão difícil e longa é necessário que para ser uma boa mulher casada esteja cercada por um nobre esquadrão de virtudes que já dissemos e aquelas que em si abraça a propriedade deste nome.
Pressupões-se também que a mulher já venha munida de honestidade para que desta forma mais virtudes venham incorporar a sua gama de mulher virtuosa. Assim o coração do marido pode confiar nela.[...]Que como é de natureza da ave voar, assim as mulheres casadas devem ter por dote natural, que não se pode romper, bondade e honestidade, e devem estar persuadidas que o contrário é aborrecível, desventurado e fato monstruoso, ou melhor, não devem imaginar que pode acontecer o contrário como não poder o fogo ser frio e a neve ser quente. Entendendo que quebrar a mulher a fé de seu marido sé perdem as estrelas sua luz, caírem os céus, quebrar suas leis a natureza e retornar tudo àquela confusão antiga e primeira.[...], ou seja, é dever da mulher aceitar gratuitamente tudo o que o marido faz de boa ou má-fé e estar com sua honestidade reluzindo,quando seu marido for se zangar com ela porque derramou o leite, ou porque não temperou a comida direito, ou porque chegou bêbado em casa, ou porque quando ela pediu a ele que a levasse em seus passeios par que ela também tivesse o direito ao descanso, ele para não mudar sua 'farra' diária, arranjar mais coisa para que ela ocupe seu tempo e não o aborrecesse mais. Sim, quando ela descobre que está sendo traída, deve perdoar de forma que é uma paixão passageira, necessidade de homem, coisas que o homem não pode controlar.Ela deve ficar em casa se culpando ou sendo culpada por ele, porque foram as atitudes dela que levaram ele a fazer isso, claro que há sempre os dois lados da história, mas há também a vontade própria dele que o leva a cometer estes pequenos 'delitos conjugais'.
A mulher pagar com o bem e não o mal significa que ela deve zelar, se esforçar para não causar problemas ao marido e sim para livrá-lo deles e em lhe ser perpétua causa de alegria. A mulher, segundo Luís de Leon, diz " para que se entenda que não é graça e liberdade isto, e sim justiça edivida que a mulher deve ao marido e que sua natureza carregou sobre ela, criando-a para este ofício, que é agradar e servir, e ajudar nos trabalhos da vidas e na conservação dos bens daquele com quem se casa.
São Basílio diz que o acordo nupcial os fez um só, portanto nenhuma má condição do marido a desobriga. Como São Basílio era homem e clérigo, devemos então aceitar as palavras de quem não se primou em conhecer as necessidades da mulher. Desta forma creio que o pensamento de São Paulo em sua primeira aos Coríntios 13 deve estar equivocado:
[...] Vós maridos, amais vossas mulheres e, como a vaso mais frágil colocai mais cuidado de vossa parte para honrá-las e trate-las bem.[...], para toda resposta há de haver um estímulos, assim a mulher que são maltratadas pelos maridos perdem o ânimo e não conseguem fazer nada do que lhes imposto como dever.
Em 1555 Sir Anthony Fsitzhebert escreveu uma manual que expunha em detalhes 'que trabalhos uma dona de casa deveria fazer' intitulado, A boke of Husbrandrye", mais ou menos quer dizer um livro como ser marido. Assim ensinada a fazer todos os trabalhos domésticos para que não parecesse uma palhaça diante do marido e só deveria ler se fosse para um convento, caso contrário não deveria fazê-lo era pura perda de tempo.
As mulheres não trabalhavam por prazer mas pelo absurdo que lhes era imposto como condição de esposa. Não era uma dádiva se casar, era um emprego novo. Deixava de ser filha para ser o novo burro de carga.
A fantasia pós-romântica do sexo frágil é outro mito imediatamente destruído pela legião de mulheres que foram construtoras de pirâmides no Egito, pedreiras de templos da Lídia, como notou Heródoto, e barqueiras dos canais da Birmânia e cavadoras de buraco na China. Era importante que a mulher evitasse o pão do ócio.
Referencias:
Miles Rosalind - A história do mundo pela mulher - capítulo 7 o trabalho da mulher
León Luis de - A perfeita mulher casada - coleção grandes oras do pensamento univeral - 19 - página 28 a 35
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