quinta-feira, 23 de abril de 2009

O patriarcado na igreja - o homem domina a mulher

[...] A divindade masculina, naturalmente, não tinha nada de novo. Ísiss tinha sseu osíris, e Demeter fora forçada a curvars-se ante a vingança do Senhor do Submundo. Na verdade, à medida que a falomania varre o mundo, a divindade masculina encontrou nova medida na perda da virgindade; Zeus, rei dos imortais, comprova sua supremacia pelo número de jovens que estuprava. os novos deuses do poder eram igualmente rapazes agressivos. A diferença era que agora cada um deles insistia em que só ele era Deus - ele era o Único Deus, Um só Deus, e ninguém mais podia brincar.
Pois no espaço do breve milênio, ou pouco mais que separa o forjar do judaísmo do nascimentos do islamismo, todas as principais religiões do mundo, uma a uma, fizeram sua estréia. Imediatmente cada uma delas passou a dedicar-se à dupla tarefa de construir ssua própria comunidade de crentes e de aniquilar a concorrência. Se até outras divindadess masculinas foram feitas alvos a serem destruídos, que chances tinham as divindades femininas? Andando no jardim fora do Éden, a Mãe Natureza encontrou o Deus Pai e sua condenação fatal. No duelo pela posse da alma da humanidade ela perdeu a sua própria, enquanto opai-deus, na frase de Engels, provocava 'a derrota mundial histórica do sexo feminino'.
Nem todas as religiões eram sitemas de deus. O judaísmo oferecia o protótipo paternalista, depois de conseguir elevar o mesquinho 'deusinho' tribal YAHWEH a um ser de ordem totalmente diferente depois do trauma do Exílio, pouco antes de 600 A.c.. O islã também patenteou o slogan ' Não há nenhum outro Deus senãoDeus' logo depois do nascimento do profeta Maomés pouco antes de 600 DC. E cavalgando o período entre os dois, encrustado bem no crucial meio do caminho ficou o judaísmo reformado, chamado cristianismo, formulado quando o velho deus dos Judeus deu à luz um filho, com o qual - sendo uma versão mais moça de si mesmo - ele parecia satisfeito.
Igualmente importantes respectivamente na Índia e na China, no entanto, foram o Budismo e o Confucionismo, ambos os quais apareceram com o snascimento de seus fundadores humanos e espalharam-se vasta e rapidamente a partir de tais origens enganosamente modestas. Nem Buda nem Confúcio jamais afirmaram serem divinos, e seus ensinamentos devem ser corretamente compreendidos como sistemas de valores mais do que como religiões. Porém os fundamentos de suas crenças eram implacavelmente patriarcais; os próprios fundadores têm sido adorados como deus por seus seguidoress ao longo da história; e a ideologia de ambos os sistemsas teve impacto sobre a vida da mulher, notavelmente semelhante ao das religiões organizaas em torno do conceito Deus Pai. Para as mulheres o efeito foi o mesmo, qualquer que fosse a embalagem usada para mensagem da supremacia masculina. Essas figuras entronizavam a própria masculinidade no poder.
Os historiadores, tanto homens como mulheres, nem semspre têm resistido à tentação de ver a ascensão do monoteísmo como conspiração contra as mulheres, já que suas consequências têm sido tão uniformemente desastrosas para o sexo feminino. Porém, por mais atraente que a noção de uma conspiração cósmica possa ser para os sentimentos adquiridos de fraqueza e desamparo da mulher, não leva em conta o fato de muitos elementos dessas primeiras religiões conterem forte apelo para ambos os sexos e, muitas vezes, para as muheres em particular. A religião organizada pode ter sido uma causa de raiz da derrota hsitórica do sexo feminino - Eva não caiu ela foi empurrada - porém ela não apareceu por tal objetivo.[...]
Essas religiões ofereciam uma estrutura metafísica organizada onde cada indivíduo alcançava o seu próprio nicho. Os crentes dos primeiros tempos alcançaram por meio da dor e do sofrimento, uma resposta a dor própria da condição humana, um significado para a aparente falta de sentido na vida. Assim veio o sentido enaltecido de individualidadess, à medida que os fiéis sentiam-se libertados da condição de escravos desamparados,s eja da Mãe Deusa, seja de seus sucessores fávlicos, as mesquinhas e conflitantes divindades masculinas. Agora o indivíduo passava a importar, diante de um deus que se importava com ele e com seu potencial.(...) O interessante era ver que as mulheres mais sofisticadas nesses monoteísmos primitivoss rapidamente perceberam que seu Deus, na verdade, oferecia um cheque pós-datado, e que ninguém jamais havia voltado para reclamar que ele não tinha fundos. Consequentementes, mergulhavam em comportamentos bem pouco agradáveis a Deus com extraordinário vigor, tomando apenas as providências necessárias para elaborar suas vidas de modo a ter uma fase final de alto peril de cultivo de divindade que lhes garantisse a passagem para a eternidade.
Sabe outro dia fazendo um estudo minucioso sobre a colonização, onde os vínculos com a religião patriarcal eram escabrosamente irrefutáveis de onde todos os usos e costumes do novo/velho mundo eram influenciados por 'mão de ferro'. A religião instruia a demência desumana com que se filtrava os pecados. Assim eram divididas as pessoas e a maneira com deviam ser tratadas. No mundo e a importância da mulher nessa etapa tão importante das expansão, me deparei com um fato real que ocorre até hoje. A secular divisão entre santas e prostitutas, impondo às mulheres do novo mundo todos os valores e opressões do velho.
A subordinação da mulher ao homem que era inquestionável. Entrozava-se a dominação masculina do macho branco, para garantir que as mulheres nativas a colocação mais inferior de todas as inferiores.
Assim acontece dentro das igrejas evangélicas. O costume de se reduzir a mulher a condição de uma submissão cega é algo vigente e completamente real.
Eu mesma participei de uma destas novas igrejas, as ditas neopentecostais. Que aceitam a todos. Como está escrito, 'vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos que eu vos aliviarei.' Daí é um passo para a felicidade, lugares onde se aceita drogados, tatuados, pessoas usando piercing, punks, roqueiros, baladeiros de plantão, pobres, ricos, feios e bonitos, gordos mórbidos e aneréxicos a beira da morte, homossexuais, enfim, todos os tipos de pessoas. Eu achei que me aceitariam também, deslumbrada com esse ambiente onde o 'amor' de Deus habita e somos todos irmãos em Cristo, mergulhei de cabeça, era o único lugar no mundo onde não seria rejeitada. É uma delícia se sentir aceito do jeito que você é realmente.
Ingressei na obra, me tornei participante ativa, achando que poderia galgar lugares altaneiros. tudo eu fazia para chegar até meu objetivo que era ser pastora. Afinal a democracia era para todos.
Na minha caminhada não atentei para os sinais que me foram dados como alerta para não continuar. Como se diz em linguagem de igreja, pensei que fosse 'levante de satanás contra minha vida', obstáculos que poderiam ser superados com o tempo. Tornei-me obcecada pela coisa toda de tal forma que me deixei levar por toda situação.
O envolvimento na 'obra de Deus' foi escolha minha e não tiro a minha parcela de responsabilidade, mas é aterrador pensar depois, quando a ' ficha caiu' que eu tinha feito a pior escolha da minha vida.
Quando tirei os pés das nuvens daqueles sermões ultramegahipersuper abençoadores, consegui enxergar as várias facetas de tudo o que se move por trás destas instituições.
Descobri que sendo uma mulher solteira jamais poderia alcançar algum cargo de responsabilidade, porque ao ver destes seres iluminados , a mulher casada tem mais habilidade para cuidar da obra de Deus. O estar casada significa mulher de responsabilidade, respeito, idoneidade, honestidade. O que é uma mentira lascada, porque mulheres casadas têm mais motivos para murmurar que uma solteira. Para conhecer o outro só comendo um saco de sal junto com ele. E tem gente que no meio do caminho já está pedindo arrego.
Assim a mulher casada está sob a submissão do homem, ou seja dominada por ele. Pois há um versículo na bíblia que diz :" Mulheres sede submissas a vossos maridos". Este verso é motivo para que os homens a fim de que as mulheres façam o que eles querem, abusem gratuitamente de forma a ditar comportamento, vestimentas, usos e costumes - sob a égide de que a mulher 'desonesta' vai queimar no fogo do inferno, afinal de contas o pecado entrou no mundo através da mulher. Ela é a grande culpada! -Destarte , que julgadas procedentes e aprovadas todas as mulheres casadas, podem ser pastoras, bispas, diaconisas, presbiteras, obreiras, seja lá o nome que se der a esses cargos somente assumindo cargo de esposa podera passar para os outros. Como se fosse um provão.

sabe como é a mulher solteira, tem mais tendência a cair em tentação, sucumbi mais fácil aos desejos da carne, não tem responsabilidade se não tem filhos, se não cuida da casa como sabera dar conselhos, se não tem marido como orientará a outra casada? Uma série de pedrinha no caminho.

Mas se esquecem que se a mulher casada não estiver bem no casamento a primeira coisa que faz é destruir a vida da outra, porque se a dela não está bem, porque a da outra vai ficar! Se os filhos dela não lhe dão alegria por onde ela vai encontrar forças para abençoar o filho da outra! Se ela se sente dentro de usm prisão, vivendo um relacionamento mentiroso que é o que a maioria vive, fingindo gostar desta vida de podas e castração, afinal a vida a dois tem perdas e danos.

Depois da grande decepção andei observando os usos e costumes tanto em igrejas tradicionais como as neopentecostais e não encontrei diferença em nenhuma, a mulher está sempre sob a a mão dominadora do homem, motivadas sempre por princípios religiosos e humanitários.

Sei porque quando fiz parte de um conselho feminino numa dessas igrejas, por ser solteira isso causava um furor e uma fúria em todas as pessoas que queriam mesmo era estar em meu lugar. As mulheres casadas eram oponentes ferrenhas.

Tudo se dilacera em pedacinhos desmembrados. As mulheres têm lugar certo para falar, que é na reuniãod estinadas a elas. Algumas vezes as de cargo superior prega para toda a igreja. mas sempre sob a supervisão do macho mor,chefe vigente e atento a palavras que serão ditas para que não se fale em revolução feminina em cima do pulpito, já pensou as mulheres evangélicas queimando o sutiã em pleno culto.!? Seria visto como uma atitude demoníaca, influência direta do inferno.

Enquanto as mulheres estiverem falando sobre como agradar seus maridos na cama, como transformar seu lar num lugar agradavel para que todos vivam em harmonia, todas as receitas para ter um filho perfeito e sem defeito de fábrica, não haverá perigo algum para os homens. Porque afinal a sessão feminina da igreja é como uma revista de moda, há assuntos variados, sérios, polêmicos, familiar, dúvidas a serem sanadas. Mas semspre sob a visão patriarcal do tempo de moisés.

Assim as solteiras são mulheres pecadoras e desvirtuadas, completamente incapazes de assumir cargos de grande importância, a não ser, de secretária, cantora, professora de escola dominical. Porque se na realidade ela pegar o microfone e começar a falar sobre o que é verdadeiramente a submissão, esntão será impossível conter a revolução que estar por vir.

Mas ainda assim há um trunfo na manga dos homens que é usado constantemente, qualquer questionamento é ato de rebeldia, sendo assim é pecado, sendo assim ela pode ir queimar no fogo do inferno.

Então, da mesma forma que na colonização as mulheres eram relegadas, ao inferior do inferior, assim também nas igrejas o é.

não há como fugir em lugar nenhum. Cada um de alguma forma encontrou um jeito de colocar a mulher no lugar que é interessante para ela. As vezes ela tem até um destaque, prega, canta, ministra, mas não faz isso com autonomia. Hás as que vão dizer que ainda bem que têm os maridos para estar sob sua direção porque isto é divino.

Por fim, a dominação masculina está em toda parte, até mesmo sob uma oportunidade muito mal aproveitada, uma versão nova de patriarcado branco. Quando os fundadores da nova colônia optaram por reproduzir o velho sistema, fico com o que disse o Sr. John e sua Esposa Abgail Adams: "Eu gostaria que você se lembrasse das damas, e fosse mais favorável a elas do que seus ancestrias...não ponha tanto poder nas mãos dos maridos. Lembre-se de que todo homem seria um tirano se pudesse."

As maquinária do patriarcado continua funcionando até os dias de hoje, esmagando mulheres, obssessão de auto-interesse e auto-ilusão. Tsoda essa nova liberdade proclamada, serve tão somente para reafirmar a confição da mulher como a subclasse deste mundo, a raça perpetuamente subjugada.
Olha que estamos no século 21 e o ano é 2009.



" Sob o deus-pai, só o homem atinge plena liberdade e controle de adulto. As mulheres, em contraste diametral, são sentenciadas a uma dupla subordinação, a Deus e ao homem, como S. Paulo instruiu aos corintios; porque ' o homem é a imagem e a glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem...não foi o homem criado para a mulher, mas a mulher para o homem."


Referências:
Miles Rosalind - A hsitória do mundo pela mulher - capítulo 4 -





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