§ 1º - Incorre na mesma pena o co-réu.
§ 2º - A ação penal somente pode ser intentada pelo cônjuge ofendido, e dentro de 1 (um) mês após o conhecimento do fato.
§ 3º - A ação penal não pode ser intentada:
I - pelo cônjuge desquitado;
II - pelo cônjuge que consentiu no adultério ou o perdoou,
expressa ou tacitamente.
§ 4º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - se havia cessado a vida em comum dos cônjuges;
II - se o querelante havia praticado qualquer dos atos previstos no art. 317 do Código Civil. (Vide Lei nº 3.071, de 1916)
A legislação penal ao admitir a legítima defesa em relação à qualquer direito, também a permitiu quanto à honra, atributo da personalidade[...]
Esta definição, contudo, difere da concepção mesma do amor ideal de Platão, da qual surgiu a atual idéia grosseira, o filósofo grego da Antigüidade, que concebera o Amor como algo essencialmente puro e desprovido de paixões, ao passo em que estas são essencialmente cegas, materiais, efêmeras e falsas. O Amor, no ideal platônico, não se fundamenta num interesse (mesmo o sexual), mas na virtude...O amor platônico passou a ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Parece que o amor platônico distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia.
Desta idéia se depreende que a concepção filosófica do amor ideal oferece uma justificativa para centralizar os valores da vida exclusivamente no amor humano que legado de Deus, sem considerar todos os demais valores. A tragédia está em que a natureza do homem combina a matéria com o espírito, e o corpo físico impulsiona fortemente a que se rompa o círculo cósmico do amor, quando ancorado num amor imperfeito e inferior.
O amor carnal é o símbolo da mais completa intimidade, de uma intimidade onde nada há que esconder ou recusar. Não sem razão se lhe dá a designação de posse. Quando se diz que, no amor carnal, os que se amam já nada têm a negar-se, não pode esta expressão, na verdade, ser tomada à letra, porque, mesmo neste extremo da posse, o homem continua submetido a uma regra de moderação e de domínio de si. No entanto, o amor carnal pressupõe uma intimidade sem igual. Esta exprime-se, também simbolicamente, pela intimidade de alcova e de tálamo, isto é, do mais íntimo da vida. Partilhar facilmente esta intimidade física, sem intimidade de alma, com seres aos quais não nos liga qualquer intimidade profunda, é um índice de vulgaridade. É o que sucede com os amores fáceis, e por isso figuram estes entre as formas mais baixas de aviltamento.
O amor físico traduz o ser amado em propriedade, exige que lhe pertença exclusivamente e não aceita a rejeição.
Segundo a psicóloga clínica Mariagrazia Marini, esse sentimento apresenta caráter instintivo e natural[carece de fontes?], sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio e, quando é exagerado, pode tornar-se patológico e transformar-se em uma obsessão.
A explicação psicológica do ciúme pode ser uma persistência de mecanismos psicológicos infantis, como o apego aos pais que aparece por volta do primeiro ano de vida ou como consequência do Complexo de Édipo não resolvido[carece de fontes?]; entre os quatro e seis anos de idade, a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo e simultaneamente tem ciúmes dele pela atracção que ele exerce sobre o outro membro do casal; já na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de uma possessividade em relação ao parceiro, ou mesmo uma paranóia.
Emoções - dor, raiva, tristeza, inveja,medo, depressão e humilhação;
Pensamentos - ressentimento, culpa, comparação com o rival, preocupação com a imagem, autocomiseração;
Reações físicas - taquicardia, falta de ar, excesso de salivação ou boca seca, sudorese, aperto no peito, dores físicas.
Comportamentos - questionamento constante , busca frenética de confirmações e ações agressivas, mesmo violentas. Embora o sentimento de Ciúmes também se dê entre indivíduos de sexos diferentes por indivíduos do mesmo sexo, por disputa afetivas não reprodutórias, o núcleo da questão é de fato a Competição Sexual, o Imperativo Instintivo de Prioridade se torna então pragmático e insititucionalizado. Criam-se regras para defender a prole, normas de conduta e ética, paradigmas de comportamento. Então temos o Ciúmes com todas as suas implicações humanas.
Principalmente pelo ponto de vista masculino, agora, permitir que sua companheira possua um outro parceiro não é apenas perder a prioridade reprodutiva, mas também por em risco sua propriedade, suas posses e expor-se a fragilidade social e a zombaria. O Ciúmes se torna cada vez mais cultural e complexo, mas isso de modo algum remove sua característica insintiva, pois o Proto-Ciúme é a base de tudo. O que o Ser Humano passa a saber com o desenvolvimento cultural, seus instintos, a natureza, já "sabiam" há milhões de anos.
Existem pesquisas científicas nesse âmbito, que mostram que a paixão, apesar de intensa e arrebatadora, é um sentimento passageiro. Estima-se que a mesma não dure por mais de quatro anos. Adolescentes estão mais sujeitos a apaixonarem-se, devido ao pouco conhecimento de mundo entre outras coisas, o que não significa que pessoas de maior idade não estejam passíveis de tal sentimento. O que ocorre é que a pessoa adulta, por ter maior conhecimento de mundo, por ter vivenciado maiores experiências, não estará tão sujeita a perder a razão e deixar-se dominar pelo peso do sentimento.
A Paixão se resume em um sentimento de desejar, querer, a todo custo o calor do corpo de outro ser. Se cria uma necessidade de ver e tocar a pessoa por qual se apaixonou. É um vício que debilita a mente de forma a focar somente para a pessoa cujo seu pensamento está. E qualquer outro pensamento é momentâneo e irrelevante para o apaixonado.
A paixão é pura arte! Assim como contemplamos um quadro - queremos vê-lo. Quando contemplamos uma obra artistica plástica - queremos tocá-la. É uma dança de sombra e cores que percorre pela beleza da pessoa que está formada no seu subconsciente. Você é envenenado com uma espécie de sedante que leva a voce todo detalhe da pessoa: olhos, boca, nariz, orelha, como sendo perfeito. Mesmo embora não seja, pois você está sedado. A Paixão embora seja mais ativa e romântica do que o proprio amor, nao significa que é melhor a este. A paixão é um encanto passageiro, enquanto o amor é algo que se solidifica com o tempo (será!?), e nunca mais pode ser quebrado. Já a paixão, não há como se solidificar, eternizar.Às vezes, dispostos a romper os limites, quebrar nossos próprios conceitos ou sedados pelo desejo da paixão, poderíamos enveredar por caminhos sombrios, os quais teriam como conseqüência uma relação traumática para todas as pessoas envolvidas. Não estamos isentos de – por motivos adversos e dentro de algumas dificuldades momentâneas em nossos relacionamentos –, viver ou nos deixar conduzir por um permissivo desejo, criados a partir de fantasias e ilusões, acreditando que com uma outra pessoa nossa vida poderia ser diferente. E antes mesmo que sejamos totalmente tomados por tais desejos é necessária a retomada da lucidez, a qual poderá vir através da ajuda de alguém muito próximo de nosso convívio e de confiança em acolher a nossa partilha. A paixão e sedução contidas na questão do amor encerram quase sempre elementos de poder, disputa e controle sobre o parceiro. O sentir-se “embriagado” pela paixão diz muito mais da necessidade de fuga das pessoas para a grande infelicidade vivida no dia a dia, assim sendo, tal fenômeno age como uma espécie de droga ou narcotizante da falta de sentido em relação a outro drama moderno, a rotina. A sedução atua quase sempre no predomínio estético ou sexual sobre determinada pessoa. É o uso intencional de um instrumento condicionado e valorizado pela sociedade, objetivando a adulação das características narcisistas do sujeito. Em tese também podemos definir que tanto a paixão quanto a sedução são uma espécie de rebelião ou protesto inconsciente contra a inevitável morte ou insatisfação no relacionamento. Tentam passar um ápice de uma durabilidade do gozo ou êxtase absolutamente questionável.Alguns filósofos e psicólogos tentaram definir o amor como uma experiência em que há maior empenho na satisfação do outro do que com suas próprias necessidades. Embora tal conceito seja louvável do ponto de vista humanista, diria que além desta capacidade inata para perceber o outro, muito mais importante é ter a certeza do potencial afetivo da pessoa que se ama, tendo a confiança de que a mesma reagirá com gratidão quando devotarmos para ela os mais nobres investimentos de nossa alma; ao contrário da inveja e incômodo que muitas pessoas demonstram ao serem ajudadas ou amparadas; enfim o desafio de todos é aferir se o outro também é capaz não apenas de trocar, mas se valoriza aquilo que o parceiro julga ser suas qualidades mais profundas. A baixa estima é um câncer para o processo afetivo. Nenhuma chama permanece acessa sem o incremento de determinado combustível. A derrocada amorosa se dá quando um dos dois apenas almeja retirar sem repor, ou o outro também não faz a mínima questão de crescer ou vivenciar algo novo. O problema de alguém se tornar insensível não diz apenas de uma fuga perante o medo do sofrimento, pois todos querendo ou não passarão por tal infortúnio; o que ninguém admite é vivenciar algo único, sendo assim a chamada opção por não ser sensível (do ponto de vista positivo como expliquei acima), é se afastar da sensação de solidão que um sentimento intenso produz. Quase ninguém almeja ser pioneiro no terreno emocional, a liderança e poder se focam no plano material. A prova maior disso tudo é que sempre um dos parceiros se queixa de que o outro doa muito menos na relação, como se estivesse se preparando para uma retirada ou abandono.
Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum”.
(R. Barthes, Fragmentos de um discurso amoroso).
http://familia.aaldeia.net/amorafectivocarnal.htm
http://www.loveessaysbook.com/Amor-Valores/Amor-comandar-razao.htm
hhttp://www.xr.pro.br/Ensaios/Ciumes.htmlhhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%BAme
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/823213
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