[...] Elas são ensinadas a reprimir suas tendências mais naturais e saudáveis, mas o princípio inerente permanece e é exteriorizado de forma diferente. Quando a liberdade é negada a uma mente ativa e vigorosa, esta mente irá procurar o poder: uma vez que o comando de si mesma foi recusado, ela irá assegurar sua personalidade tentando controlar os outros.
Permitir que qualquer ser humano não tenha sua existência, mas que só dependa de outros, é oferecer uma recompensa alta demais ao sujeitar os outros ao seu próprio propósito.
Onde a liberdade não pode ser esperada, o poder será e tal poder torna-se o principal objeto de desejo humano; aqueles, para quem os outros não permitirão a administração impassível de seus próprios assuntos, irão recompensar eles mesmos, se puderem interferindo, para seus próprios interesses, nos assuntos dos outros.
Daí surge a paixão das mulheres pela beleza pessoal, pela vestimenta e pela ostentação, assim como todas as maldades que resultam desta paixão, na forma de suntuosidade maliciosa e imoralidade social.
o amor pelo poder e o amor pela liberdade são m antagonismo externo. Onde há menos liberdade, a paixão pelo poder é a mais ardente e inescrupulosa.
O desejo de exercer o poder sobre os outros somente poderá parar de ser uma atividade corrupta entre os seres humanos, quando cada um deles, individualmente, for capaz de ficar sem tal poder; o que só poderá acontecer onde o respeito pela liberdade nos assuntos pessoais de cada um for um princípio estabelecido.[...]
o que é a liberdade?
em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.
Não se trata de um conceito abstrato. É necessário observar que filósofos como Sartre e Schopenhauer buscam, em seus escritos, atribuir esta qualidade ao ser humano livre. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. E na equação entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxicamente, o instrumento para a liberação do homem.
Descartes viu a liberdade como espontaneidade. Uma causa espontânea é uma causa não motivada por algo exterior e sim uma própria decisão sua, apesar de depender de algo como dinheiro ou bens materiais, sua decisão o torna livre.
Para Descartes, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas em escolha. Quanto mais claramente uma alternativa apareça como a verdadeira, mais facilmente se escolhe essa alternativa.
Pessoas que não buscam informações, têm mais dificuldades para identificar as inúmeras alternativas que existem, pois alternativas são frutos da aquisição dessas informações.
Pessoas que não buscam informações, têm mais dificuldades para identificar as inúmeras alternativas que existem, pois alternativas são frutos da aquisição dessas informações.
Para Kant, ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Todos entendem, mas nenhum homem sabe explicar.
Uma das obras realizadas por Kant é a Crítica da Razão Pura. Nesta, o estudo do fato da razão torna-se pertinente, pois discorre sobre a liberdade nesse contexto. O fato da razão citado por Kant é a consciência do indivíduo sobre as leis morais vigentes (REALE, 1990, p.914). Mas esse fato da razão só pode ser admitido com a existência da liberdade, esta liberdade só é admitida com uma intuição intelectual, ou seja, conhecimento. Kant explica aqui que ter consciência das leis morais vigentes não é apenas por vias de intuição, ou conhecimento, puro nem intuitivo, essa consciência, ou fato da razão depende da intuição intelectual, para que se possa ver a liberdade como positiva. Kant chama esse aspecto positivo de autonomia. A liberdade que o homem deve aproveitar, em Kant, diz respeito à vontade. Essa vontade não deve ser bloqueada por nenhum tipo de heteronomia. O livre arbítrio deve ser utilizado de forma pura para que não dependa de nada com relação à lei. Portanto a pessoa dotada de liberdade, ou seja, sem intervenções de outrem, pode fazer uso desta, porém o fará com maior clareza se seu conhecimento e consciência de sua liberdade existir.
Uma das obras realizadas por Kant é a Crítica da Razão Pura. Nesta, o estudo do fato da razão torna-se pertinente, pois discorre sobre a liberdade nesse contexto. O fato da razão citado por Kant é a consciência do indivíduo sobre as leis morais vigentes (REALE, 1990, p.914). Mas esse fato da razão só pode ser admitido com a existência da liberdade, esta liberdade só é admitida com uma intuição intelectual, ou seja, conhecimento. Kant explica aqui que ter consciência das leis morais vigentes não é apenas por vias de intuição, ou conhecimento, puro nem intuitivo, essa consciência, ou fato da razão depende da intuição intelectual, para que se possa ver a liberdade como positiva. Kant chama esse aspecto positivo de autonomia. A liberdade que o homem deve aproveitar, em Kant, diz respeito à vontade. Essa vontade não deve ser bloqueada por nenhum tipo de heteronomia. O livre arbítrio deve ser utilizado de forma pura para que não dependa de nada com relação à lei. Portanto a pessoa dotada de liberdade, ou seja, sem intervenções de outrem, pode fazer uso desta, porém o fará com maior clareza se seu conhecimento e consciência de sua liberdade existir.
Para Spinoza, ser livre é fazer o que segue necessariamente da natureza do agente.
A liberdade suscita ao homem o poder de se exprimir como tal, e obviamente na sua totalidade. Esta é também, a meta dos seus esforços, a sua própria realização.
Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão e determinação constante, esta não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada a cada ousadia e passo. A deliberação está então conduzida pelo envolvente humano, no qual se inserem as leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas. Caso contrário passa a chamar-se libertinagem. Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder por eles.
No geral, ser livre é ter capacidade para agir, com a intervenção da vontade.
A liberdade suscita ao homem o poder de se exprimir como tal, e obviamente na sua totalidade. Esta é também, a meta dos seus esforços, a sua própria realização.
Apesar de muitas vezes associarmos o conceito de liberdade à decisão e determinação constante, esta não será bem assim, já que a nossa vida é condicionada a cada ousadia e passo. A deliberação está então conduzida pelo envolvente humano, no qual se inserem as leis físicas e químicas, biológicas e psicológicas. Caso contrário passa a chamar-se libertinagem. Associada à liberdade, está também a noção de responsabilidade, já que o acto de ser livre implica assumir o conjunto dos nossos actos e saber responder por eles.
No geral, ser livre é ter capacidade para agir, com a intervenção da vontade.
Para Leibniz, o agir humano é livre a despeito do princípio de causalidade que rege os objetos do mundo material.
A ação humana é contingente, espontânea e refletida. Ou seja, ela é tal que poderia ser de outra forma (nunca é necessária) e por isso, contingente. É espontânea porque sempre parte do sujeito agente que, mesmo determinado, é responsável por causar ou não uma nova série de eventos dentro da teia causal. É refletida porque o homem pode conhecer os motivos pelos quais age no mundo e, uma vez conhecendo-os, lidar com eles de maneira livre.
A ação humana é contingente, espontânea e refletida. Ou seja, ela é tal que poderia ser de outra forma (nunca é necessária) e por isso, contingente. É espontânea porque sempre parte do sujeito agente que, mesmo determinado, é responsável por causar ou não uma nova série de eventos dentro da teia causal. É refletida porque o homem pode conhecer os motivos pelos quais age no mundo e, uma vez conhecendo-os, lidar com eles de maneira livre.
Para Carlos Bernardo González Pecotche, a liberdade é prerrogativa natural do ser humano, já que nasce livre, embora não se dê conta até o momento em que sua consciência o faz experimentar a necessidade de exercê-la como único meio de realizar suas funções primordiais da vida e o objetivo que cada um deve atingir como ser racional e espiritual. Como princípio, assinala ao homem e lhe substancia sua posição dentro do mundo.
É preciso vinculá-la muito estreitamente ao dever e à responsabilidade individual, pois estes dois termos, de grande conteúdo moral, constituem a alavanca que move os atos humanos, preservando-os do excesso, sempre prejudicial à independência e à liberdade de quem nele incorre.
A liberdade é como o espaço, e que depende do ser humano que ela seja, também como ele, mais ampla ou mais estreita, vinculada ao controle dos próprios pensamentos e das atitudes. O conhecimento é o grande agente equilibrador das ações humanas e, em conseqüência, ao ampliar os domínios da consciência, é o que faz o ser mais livre.
É preciso vinculá-la muito estreitamente ao dever e à responsabilidade individual, pois estes dois termos, de grande conteúdo moral, constituem a alavanca que move os atos humanos, preservando-os do excesso, sempre prejudicial à independência e à liberdade de quem nele incorre.
A liberdade é como o espaço, e que depende do ser humano que ela seja, também como ele, mais ampla ou mais estreita, vinculada ao controle dos próprios pensamentos e das atitudes. O conhecimento é o grande agente equilibrador das ações humanas e, em conseqüência, ao ampliar os domínios da consciência, é o que faz o ser mais livre.
[...] Se a autoridade dos homens sobre as mulheres, quando primeiramente estabelecida, tivesse sido o resultado de uma comparação consciente entre os diferentes modos de constituição do governo da sociedades, após experimentar-se vários outros modos de organização social - o governo de mulheres sobre homens, igualdade entre os dois, e modos divididos e o modo pelo qual as mulheres estão totalmente sujeitas às regras dos homens, não tendo nenhum tipo de participação em assuntos públicos, e estando sob a obrigação legal de obediência aos homens com quem estão ligadas pelo destino, é a combinação mais proveitosa para a felicidade e bem-estar de ambos.
A aceitação geral pode ser então, justamente compreendida como prova de que, na época em que foi adotada, era considerada a melhor escolha, embora tais considerações que recomendaram este modo, assim com muitos outros fatos sociais antigos de maior importância, subsequentemente, deixaram de existir ao longo dos séculos.
Todavia, o estado do caso mostra-se, em todos os aspectos, contrário a esta situação. Em primeiro lugar, a opinião a favor do sistema atual, onde o sexo mais frágil está totalmente subordinado ao mais forte, está baseada somente na teoria, uma vez que nunca houve nenhuma experiência com cada um deles.
Portanto, tal experiência, vulgarmente oposta à teoria, não pode ter ocasionado nenhum veredicto.
Em segundo lugar, a aceitação deste sistema de desigualdade nunca foi o resultado de deliberação, previsão, ou de qualquer idéia social ou noção que tenha sido direcionada para o benefício da humanidade ou para a boa ordem da sociedade.
Simplesmente surgiu do fato de que desde os primeiros conhecimentos sobre a sociedade humana, toda mulher ( possuindo o valor designado pelos homens, combinado com sua inferioridade de força muscular) estava em estado de escravidão em relação a algum homem.[...]
[...] A sociedade,contudo, tanto neste caso, quanto em todos os outros, prefere alcançar seu objetivo por meios ilícitos do que por meios justos; mas, este é o único caso no qual a sociedade faz isso até os dias de hoje. originalmente, as mulheres eram tomadas à força, ou geralmente vendidas pelos pais aos maridos.[...]
o casamento até pouco tempo atrás era um consentimento compulsório. Antigamente depois do casamento, o homem tinha o poder sobre a vida e a morte de sua esposa. Ela não poderia recorrer a nenhuma lei contra ele; ele era o único tribunal e a única lei para ela.
Será que isso mudou realmente?
O homem podia e pode repudiar a mulher até os dias de hoje. Quando o homem violento é repudiado pela mulher geralmente ele a ameaça de morte ou a ameaça se torna realidade.
Talvez as barbaridades de antigamente não sejam mais utilizadas, apesar de não terem sido formalmente abolidas, e não tenham até o momento deixado de ser praticadas. os homens imaginam que ainda são senhores de suas mulheres, e assim é utilizado no contrato de casamento; talvez a civilização e a igreja restaurassem os direitos da mulher, mas no século XXI o que vemos é que a primitividade do homem ainda é visivelmente real e que a mulher apesar de sua liberação sexual, conquista no mercado de trabalho, liberdade de escolhas, ela não pode tomar nenhuma atitude sem a permissão do marido, no mínimo implícita.
assim segue nos dias atuais, com mulheres instruídas no último grau da intelectualidade, profissionais de respeito, renomadas , mulheres poderosas que ocupam altos cargos em variadas instituições que não tem sobre seus maridos o mesmo poder. Elas se submetem a homens que as torturam e as tratam como inferiores a eles, usando da violência para subjulgá-las à posição de onde em suas mente machistas cauterizadas eles acham que elas não deviam ter saído. A escravidão silenciosa que fingia aceitar tudo por meio de sobrevivência.
hoje a intelectualidade que adquirem, a elevada posição social não transforma o sentimento. A parte emocional continua sendo muito afetada quando a mulher está na condição de apaixonada, e alguns outros fatores que delimitam as emoções.
De que vale toda esta liberdade inflamada, pelo qual se lutou queimando sutians nas praças públicas se na maioria das vezes os sentimentos não querem essa tal liberdade?! Se digna ao silencio, cujos segredos deixam marcas no mais profundo da alma. Feridas que mertiolate não cura, nem a brisa fresca refrigera.
A sujeição das mulheres- Stuart Mill - Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal - 39 editora escala -
Ficheiro : Delacroix, Eugène - Peinture historique romantique. Commémore les Trois Glorieuses (la Révolution de Juillet) le 28 juillet 1830.
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