terça-feira, 28 de abril de 2009

A Guerra do Sutiã não adiantou nada - ainda somos submissas

Hoje assistindo a um programa de moda na tv, pude perceber a loucura que tem invadido a vida das mulheres. O programa funciona mais ou menos assim, uma moça é indicada por amigos e familiares para que seu layout seja modificado para que sua aparência melhores e ela realmente vista roupas que caem bem a uma mulher da sua idade, seja ela qual for. Uma moça de trinta anos, estava se vestindo como uma menina de quinze. As roupas muito curtas, muito decotadas, cheia de fendas.
Esstava conversando com minha irmã e ela disse indignada sobre esse assunto o fato de quando nós mulheres acima dos vinte e cinco anos não somos mais admiradas pelas nossas formas curvelíneas e arredondadas. Quando andamos na rua, os homens que antes nos admiravam por termos corpo de mulher, agora trocam por meninas mais novas. Tabuas com peito. Ou como diria José Simão sobre a São Paulo fashionweek, essas meninas parecem com chester, ou seja osso com peito.
Isso faz com que as mulheres mais velhas queirams ter uma aparência deformada, cosias do tipo paranóia na real, pois ser trocada por uma mulher mais nova é uma sentença dura de se aceitar.
O que antes era símbolo de liberdade agora se tornou instrumento de tortura. De que valeu queimar o sutiã em praça pública se hoje somos ainda mais submissas as ditaduras masculinas que se impõe na mídia.
Hoje a guerra não é por um ideal revolucionário de mulheres que se sentiam sufocadas ou aprisionadas, por tratamento desigual, falta de respeito, humilhação, violência domestica, enfim um milhão de motivos para poder modificar a história e mudar o rumo daquilo que seria uma catastrofe social se as mulheres tivessem continuado fazendo o que não queriam, sendo o que não eram sob o cabresto dos homens.
Porém, de uma forma menos sutil e mais agressiva fomos limitadas ao regime absolutista da aparência obrigatória das meninas dos mangas e das passarela.
Por décadas as mulheres lutaram por direitos iguais. Queimar sutiã em praça pública, fazer paciatas Agora, hoje, com tanta mulher turbinada, dois anos depois dos implantes de silicone não tem sutiã que segure. É um tal de peito batendo na cintura que vou te contar. Tudo durinho. Mas caidinho!Aliás, a tal queima de sutiã não aconteceu. A prefeitura não deixou. Mas ficou como esses tantos mitos urbanos, virou verdade. No dia 7 de setembro de 1968, enquanto Jordi Ford era eleita Miss América e, do lado de fora do teatro, uma centena de mulheres gritava lemas de protesto, a história eternizava um episódio que, na realidade, nunca aconteceu: a queima de sutiãs em praça pública. Para protestar contra a ditadura da beleza que estava sendo imposta às mulheres de seu tempo - o degradante símbolo burro-peitudo-feminino, como dizia o manifesto divulgado naquele dia - mulheres de vários estados americanos saíram às ruas de Atlantic City levando símbolos de feminilidade da época: cílios postiços, revistas femininas, sapatos de salto alto, detergentes e sutiãs. Elas organizaram uma "lata de lixo" onde todos os apetrechos seriam queimados. Mas a queima não chegou a ocorrer. "A prefeitura não autorizou o uso de fogo", diz a feminista americana Amy Richards. 1
Podemos imaginar que este ato significou o ato de libertação da mulher para o mercado de trabalho, a igualdade com os homens em direitos, salários equiparados, mesma jornada de trabalho,reconhecimento de sua inteligencia e criatividade na hora de expor suas ideias, sentar na cabeceira da mesa de reuniões e sobre o salto destilar sua superioridade e agressividade sufocada durante séculos de abusos e maus tratos.
Símbolo de opressão se torna o decreto de independencia ou morte às margens de uma sociedade cujos padrões imitavam o da era primitiva e estagnava as ações das mulheres nos mais diversos campos de trabalho.
O sutiã deve ser usado por quem quer e se sente bem com esse tipo de acessório. Não deve ser um uso obrigatório por imposição de valores estéticos que escravizariam as mulheres novamente. O que vem acontecendo. Hoje as mulheres de trinta querem se parecer as menininhas de 15 porque assim a mídia dita e impõe. De forma que os homens têm seguido estes padrões e trocado mulheres maduras pelos corpos anoréxicos de menininhas em formação. Isso nos deixa inseguras? sim, isso faz de nós marionetes? sim. As pessoas estão equivocadas quanto as escolhas que devem fazer. E uma delas é não permitir que as mulheres amadureçam e ofereçam o melhor da sua essência com o passar dos anos.a moda hoje é ter o corpo de uma menina com os peitos de uma mulher. Ou seja, mensagem subliminar - seja anoréxica e ponha silicone, pois mulher fora do padrão não tem vez no mercado.
Os homens amadurecem, criam barriga , rugas, manias e isso está bem resolvido na sociedade. Mas a mulher não. Vejo pelo meu pai que é um homem de 68 anos e que namora uma mulher de 44 anos. Ele não quer as mais velhas. Estão caidaças, as mulheres da idade dele estão velhas, ele diz. E assim, a história se repete, em cada casa. Uma sombra de insegurança povoa o olhar das mulheres mais velhas.
Mas ao invés de queimarmos novamente o sutiã na praça, nos submetemos, invadimos as academias, fazemos todas as dietas loucas, agredimos nosso corpo das mais variadas formas possíveis, porque ser rejeitada é muito duro. Ser trocada pela mininha de quinze é estarrecedor, uma tortura quase incessante, pois essa ferida nos acompanha para onde formos.
[...] Sultan tinha escolhido três moças que poderiam servir de esposa para ele. Todas eram saudáveis, bonitas, e de seu próprio clã. Na família de sultan, os casamentos efora do clã são exceções. É considerado mais sabio e seguro casar-se com parentes, de preferência com primos ou primas.
Primeiro sultan tentou Sonya, de 16 anos. sTinha olhos escuros amendoados e cabelos pretos que brilhavam. Seu corpo era bonito e exuberante, e dizam que trabalhava bem. Vinha de uma família pobre e tinha o parentesco apropriado....Enquanto Sultan arquitetava como pdeir a mão da escolhida sem o paoio das mulheres da família, a primeira esposa vivia feliz ignorando que uma menina, nascida no mesmo ano que ela e Susltan se casara, ocupava os pensamentos do marido. Sharifa estava ficando velha, como Sultan, cinquenta e poucos anos. Ela dera a ele três filhos homens e uam filha. Estava na hora de um homem da posição de Sultan procurar uma nova esposa.(...) Sultan voltou para casa para contar à família a grande novidade. Encontrou sua mulher Sharifa, a mãe e as irmãs no chão em volta de uma travessa com arroz e espinafre. Sharif pensou que ele estivesse brincando. Deus risadas e brincou com ele.(...) Era inimaginável que ele tivesse pedido alguém em casamento sem o consentimento delas. Suas irmãs ficaram atônitas.
Ninguém queria acredita nele. Não até el mostrar o lenço e os doces que o pretendente ganha dos pais da noiva como prvoa do noivado.
Sharifa chorou durante vinte dias. (...) Sultan pediu que ela se controlasse. Ninguém na família da família apoiou Sultan, nem mesmo os próprios filhos. Ainda assim, ninguém tinha coragem de dizer nada. A vontade de Sultan era sempre soberana.(...) Sultan não ligou para as lágrimas da mulher. (...) Sharifa foi obrigada a ir a festa de noivado.(...) Ele até exigiu que fosse Sharifa quem colocasse os anéis nos dedos de Sultan e Sonya.(...)todos iriam dividir o mesmo teto até que a morte os separasse.[...] 2
Você vê a mulher muçulmana. Muitas pessoas costumam dizer que elas são oprimidas pelo fato de serem obrigadas a se esconderem inteiras dentro de uma burca. Mas o que a gente não consegue perceber é que a mulher brasileira, apesar de colocarem o corpo todo à mostra, inclusive o sutiã, é tão submissa quanto à muçulmana. Isto porque elas seguem apenas as regras impostas pela mídia e, consequentemente, pela moda. Então eu não vejo muita diferença do comportamento da mulher de hoje para as de antigamente. A única coisa que mudou foi a forma de se expressar, porém, no fundo, continua tudo a mesma coisa.
Esse comportamento do macho de mais de quarenta achar que deve achar uma mulher mais nova são: mas a vitalidade, energia, disposição e sentimento de renovação que estou vivendo hoje, são as melhores coisas do mundo; entre 28 e 32 anos sao cheias de manias.ja vem com ex alguma coisa.Tipo ex marido,ex noivo.Costumam ter filhos...essas coisas.sou um homem atual e nao me vejo mais com uma mulher que venha cheia de problemas; querem moldar uma mulher pra si proprios.
As menininhas novinhas não têm preocupações até se tornarem as mulheres de trinta quando serão trocadas por outras de vinte e assim segue o círculo vicioso.
O que acontece na verdade não é o encanto pela menininha de vinte. O problema é que a mulher perdeu muito do seu papel como esposa, no contexto da família. Ela saiu atrás da igualdade e esqueceu bastante o seu papel com respeito ao marido e aos filhos. A coisa de ter de sair de casa para se realizar, fez com que o papel de mãe e de esposa ficasse em segundo plano.3
Mas em verdade faço minhas as palavras de nosso ilustre bloggero, filósofo, pedagogo e dançarino de tango Gustavo Gitti:
[...]"Ela não sente nada sob controle (nem dela, muito menos seu). Ela não espera! Sua ausência não encontra paralelo feminino. Mulher é sempre movimento presente, ânsia por amor e abertura. Se não for com você, será com outro. Isso não as faz putas ou traidoras. Elas têm tanta culpa quanto uma música que oferece sua beleza a qualquer um que se aproximar. Nesse meio tempo, enquanto você e sua lógica esperavam, ela conheceu outro, se apaixonou e fez tudo que queria fazer com você. Para ela, o amor é sempre amor, vindo de você ou de qualquer cara. Isso faz com que ela o ame e do nada passe a odiá-lo. Se quer consolo, tenha certeza de que o mesmo vale para o outro cara.(...)Você erra uma palavra e toda a noite de sexo se vai. Isso parece horrível até que você entende que basta acertar novamente! Só mais uma palavra e toda a noite de sexo está ali novamente, bem na sua frente. Sexo, casamento… às vezes uma vida se vai por uma palavra mal colocada. O feminino é esse ser que nos escapa. Sempre que nos agitamos para persegui-lo, voltamos sem nada para casa. O homem feliz é aquele que fica. Às vezes chove, ele se molha. Às vezes vem o Sol e ele sorri.(...)Voltando ao namoro em crise. Você espera; tudo sob controle; transaria com ela a qualquer momento. E ela? Não, ela não voltaria ao sexo a qualquer momento. E, sim, ela poderia se abrir ao sexo a qualquer momento. Você precisa perceber primeiro o “Não” para construir o “Sim”. Sem acolher e aceitar, você não conseguirá liberar e redirecionar. É muito comum ver homens tentando resolver à distância, sem antes se aproximar"[...]
A falta de sensibilidade do homem joga-nos no precipício que não queríamos cair. A necessidade de conhecer deveria ser maior que a competitividade do viver a dois.
Se essa submissão cega nos tolhe a feminilidade e a liberdade de ser de envelhecer e amadurecer como exige a natureza. Tudo se tornou muito superficial. O corpo, o desejo, a paixão, a loucura por ser sempre jovem, por estar sempre com o melhor emprego e os melhores salários.
Falta-nos um pouco de olhar interior, mas a crueldade que o mundo nos impõe não permite isso. O veneno já foi inoculado. O ar que respiramos está impestiado.
Fundamentalmente somos todos frutos do inconsciente absurdo do novo que renova o velho, ou seja, como o rei Davi fazia na sua velhice, dormia com jovens para que a energia delas pudesse renovar a sua e assim garantir que pudesse suportar os seus anos das cãs que atingem as mulheres mas também aos homens. Ninguém está isento da idade. Tomara que as mulheres comecem a trocar os homens mais velhos pelos mais novos, afinal das contas mania por mania ficam todos quites


Referências:

2-Trecho do livro - O livreiro de Cabul - Asne Seierstad
http://nao2nao1.com.br/closer-o-jogo-dos-7-erros-para-homens/
3-revista enfoque gospel - edição 56 - ano 5 março de 2006

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Profissão do Lar


[...]Rio grande do Sul, 14 horas, insterior do estsado, lugar de referência e turístico. Estava eu e ela, dona Marlete, numa esquina na porta de sua casa. Uma senhora de aparência jovem, magra, bem magra, mãe de três filhos, ela com seu cigarro em uma das mãos, e uma sacola plástica naoutra. Um de seus filhos um garoto de mais ou menos uns 17 anos, está em pé do outro lado da rua. Em cima da cintura noto um volume de arma, que ele exibe sem nenhuma cerimônia debaixo da camisa. O outro garoto mais novo, talvez uns 15 anos, está tomando conta da boca que fica na rua debaixo. Ele está acompanhado de uns caras estranhos na área que devem ser compradores, não dá pra saber ao certo.


Estou narrando um cenário simples, de uma família liderada por uma mulher, uma mãe, que me conta que nem sempre sua vida e a dos filhos foi assim. O contato com ela foi feito através de um falcão gaúcho quetínhamos gravado na mesma semana. Ela aceitou conversar sobre sua vida e não se mostrava preocupada com a tividade que estva exercendo naquele momento, naquele lugar.


Bill: Posso te chmar de você?


Marlete: Claro guri, claro!


Bill: Você tem profissão?


Marlete: Sou dona de casa, sou do lar?


Bill: Você nunca trabalhou fora?


Marlete:Ah, eu fazia uns serviços aí, passava roupa, mas não tenho jeito pra essas coisas.


Bill: Você prefere assim mesmo?


Marlete:Antes, quando meu marido tava vivo, ele que pagava as contas, mas nem sempre dava pra pagar tudo e comprar comida. As pessoa ajudava, umas dava comida, roupa pros garotos, às vezes a gente comia na casa de uma vizinha, mas hoje não falo mais com ela.


Bill: SSeu marido trabalhava em quê?


Marlete: Ele tinha uma tendinha no pé do morro, vendia biscoito, cerveja,c achaça, salgado, mas não dava muita coisa não. E o que dava dinheito, ele estourava na bebida e no vício.


Bill: Ele usava drogas?


Marlete: Ele andava com uns maus elementos, por conta disso cheirava até cair. Ele já tinha sido preso porque pegarm ele em flagrante num desmanche de carro. Ele roubava pra pagar o que devia pra boca, senão queimavam ele. Não era pra dar nada dentro de casa, spor isso a gente tinha que depender da boa vontade de vizinhos pra comer.


Bill: E o que aconteceu com ele?


Marlete: Apagaram ele. Ele apareceu jogado numa vala lá no centro, cheio de tiro. Isso tem muito tempo já...acho que foi porque ele tava devendo e não pagou, não sei...ele às vezes pegava uns bagulhos pra vender, mas acabava cheirando e fumando tudo...até já fui buscar ele no hospital depois de uma dessas. Vai ver que tava devendo muito e os guris não perdoaram...só sei que ninguém sabia de nada na época. Mas pra mims foi melhor assim... ele todo dia chegava em casa drogado, parecia um demônio...procurava dinsheiros e, se nãoa chava, quebrava tudo, as crianças começavam a chorar assustadas e ele batia nelas, em mim...depois sumia vários dias...aí eu ficava imaginando se ele tava na farra, preso, ou até se tinha morrido, mas depoiss ele aparecia...eu já tinha cansado disso, mass não podia reagir que era pior...


Bill: E depois que ele morreu, como ficou a sua vida?


Marlete: A gente vivia de favor dos outros. Eu fazia uns serviços, mas, pra falar a verdade, nunca gostei de trabalhar em casa de família, então não conseguia arrumar emprego...então, se ganhava o bastante pro gás e pro cigarro, pra mim tava bom...o resto...os outros ajudava, meus filhos nunca passaram fome, eram pequenos,s empre alguém ajudaa...o que eu ia fazer se era assim?...Eu tinha vergonha de depender dos outros, mas a gente acostuma, se acomoda a pedir...


Bill: E quando você saía para trabalhar, com quem ficavam seus filhos?


Marlete: Como ninguém. O que ia fazer? Não tinha com quem deixar...Eles ficava na rua mesmo com os outros moleques, soltando pipa. Mas era só de vez em quando, porque eu tava.Mas era só de vez em quando, porque eu tva sempre de olho...não queria eles se jusntando com gente que não prestava pra não ficarem igual ao pai...


Bill: Mas você então não queria que eles fossem pelo caminho errado?


Marlete: Nenhuma mãe quer. Se eu visse eles perto de quem eu savia qe não prestava, eu traia pela orelha e flava que preferia matar eles na porrada do que ver eles no tráfico...


Bill: E hoje, por que isso mudor?


Marlete: )ela fica por um bom tempo em silêncio) Eu continuo pensando que é errado, mas a vida não é justa com a gente. Se hoje eu tô nessa, se meus filhos estão me ajudando, é porque Deus permitiu, é sporque vi que isso é mais forte do que a gentes.


Bill: O que vocês fazem na boca e quem sé o dono?


Marlete: Eu ajudo aqui na boca...Vendo pra quem procura...entrego, porque quem vai desconfiar de ma senhora entrando em qualeur lugar que seja?


Bill:E seus filhos que você tanto afastou desse mundo?


Marlete: Baaaaaaaaaah, meu filho, quer saber, eu acho que eles nunca estiveram tão distante desse mundo, eles sempre estiveram dentro, até o talo. Tu sabes como é, né? A mae não quer nunca aceitar que o filho está no meio , mas eles são fruto desse meio, não tinha escolha, já que estavam, é melhor trabalhar todo mundo junto. É até mais seguro, já que somos parentes primeiro grau.


Bill: E você participa de roubo também?


Marlete: Eu não me meto nisso, mas, quando os meninos pegam um caminhão de cerveja ou eletrônicos, eu ajudo e guardo muita coisa aqui em casa...mas já deram umabatida na área e alguém dedou que inha coisa lá em csa...aí os brigadeanos entraram e acharam tudo, e dessa vez eles me levaram pro distrito, pegaram tudo e fizemos um acerto.


Bill: Que acerto?


Marlete: Ué! Eu não galava nada, não ficava presa no 180 e eles dividiam a mercadoria entre eles.


Bill: Você aceitou?


Marlete: Pára, guri! Claro que aceitei, essa é a regra, só quem perde sou eu. Aceiteis na hora e agradeço a eles até hoje por deixar eu voltar pra casas.


Bill: E seus filhos?


Marlete: Eles fugiram, pularam o muro e fugiram. Mas nós vamos descobrir quem delatou a nossa casa.


Bill: E o que foi achado na sua casa? Tinha droga também?


Marlete: Tinha e acho que foi masi por isso que me levaram...mas eles chegaram sem viol~encia, eles sabiam o que queriam, eu tenho medo quando ele vêm atirando. Aqui no sil a polícia é muito truculenta. Não é nem spor mim, é mais pelas crianças, se eles não conseguem, eles mandam bla mesmo.


Bill:sss E você consome droga também?


Marlete: Eu não... já experimentei, mas não gostei...os meus filhos susam, mas acho que não é para sempre...


Bill: E voc~e spretende ficar nesta vida até quando?


Marlete: Eu já tô ficando velha pra pensar se isso é bom ou não pra mim...eu vou levando, cuidando dos netos que meus filhos me deram...as mães dos meus netos também não querem nada com nada, são vagabundas...Se eu tivesse que pensar no futuro, tinha que pensar nos meus netos que ainda sãopequenos e podem ter alguma chance de não seguirem essa vida. O negócio é que , pros garotos mvos, esa vida é que eles querem...ficam tirando onda com a arma de tudo que é tipo, comendo as gurias, porque a maioria dessas meninas do morro são tudo putinhas mesmo, ficam tudo atrás dos guris das biqueiras...querem dinheiro na mão...ah, se fossem minhas filhas...


Bill: O que você acha que seria preciso para mudar essa realidade?


Marlete: Se tivesse que mais oportunidade pra todo mundo, se desde criança o garoto visse que vale a pena estudar, trabalhar...que seu futuro vais ser diferente...que não vai passar fome...vai ter tudo igaul aos outros ...as mesmas oportunidades...porque pra que estudar, trabalhar, se não vai arrumar emprego? Se vai ser humilhado lá fora porque ora no morro?...se quando entra no ônibus as pessoas olham de lado e pensam que porque sé preto, é assaltante? Meus filhos são todos pretos igual a eu, meus netos também. Tua achas fácil?


Bill: Você não tudo que foi dito muito contaditório não?


( siLêncios dela por algum tempo)


Marlete,: olha , rapaz, tu queres saber mesmo? O mundo gira em torno do dinheiro...Tsod o mundo tá trás do dinheiro. Passou o tempo da oral, dos bons costumes. Todo dia eu l eio que o Brasil tá quebrado, imagina eu, imagina a favela...Eu quero para os meus filhos o que todo mundo quer pros seus filhos. Tudo o que estamos fazeno está errado, mas tudos que estamos fazendo é para a nossa sobrevivência, e so nosso ganha-pão vem daqui. Eus ei que você está conversano comigo, mas sei qe você me condena, mas pode ter certeza que meus netos nasceram condenados. Nós só queremos ter as coisas igual a todo mundo tem...ms eu sei que vamos e foder no final, a corda vai arrebentar aqui, na nossa mão.[...]




[...]Na revolução industrial em uma época onde a 'moral' era elevada pelo lado de que tudo era feito em prol da família e para a família, a mulheres que perdiam seus maridos eram obrigadas ou a mendigar " As mulheres dos pobres soldados, em muitas de nossas cidades, vão de porta em porta, mendigando suprimento do necessário para viver... e são mandadas embora, apesar dos solenes compromissos das cidade de fazer tais fornecimentos?"


Esposas como essas sabiam que se perdessem seus maridos perdiam não só um parceiro, amante e amigo, mas seu sustentáculo e esteio.[...] Elas entravam com petição junto ao governo para que recebessem uma pensão magra, mas que sem ela teriam que arranjar outra forma e ganhar dinheiro e naquela época ainda era mais difícil, para uma mulher treinada para ser dona de casa tornar-se uma trbalhadora braçal da noite para o dia. Não havia quem olhasse por elas, se não o fizessem morreriam de fome.


Mas havia também as que trabalhavam sem nenhum equipamento de proteção e faziam isso porque necesitavam sobreviver. As mulheres desde criança se tornavam escravas, descendo as minas, abrindo portas para os vagões passarem, às vezes desde sos cinco anos...não lhes restavas senãoa alternativa de, por sua vez, ver os próprios filhos sarruinados. O que isso significava tanto para a mãe quanto para os filhos poder ser visto no exame de uma trabalhadora stêstil de dezessete anos que viha trablahando havia dez anos em uma fábrica do nort da Inglaterra:


"Depois de eu trabalhar mais ou menos meio ano, me dava uma fraqueza nos joelhos e tornozelos, que continuava e ia ficando cada vez pior. De manhã eu mal podia andar, e meu irmão e minha irmã costumavam, por bondade, me pegar cada um por debaixo de um braço e correr comigo, uma boa milha, até a fábrica, e minhas perns iam-se arrastando no chão por causa da dor: eu não conseguia andar. Se eu chegasse cinco minutos atrasada, o feitor pegava uma correia e me espancava até eu ficar roxa...Eu era tão reta e saudável quanto qualeur outra pessoa quando tinha sete anos e um quarto...Sua mãe sendo viuva ...não podia permitirs-se tirar você de lá? - Não


Ela ficava muito infeliz por ver que você estava ficando curva e deformada?


- Eu a vi chorar algumas vezes, e perguntei por que estava chorando, naquele tempo ela se recusava a me dizer; mas depois disso ele me disse.."




O dilema de antes é o mesmo de hoje. Antes a escravidão era o trabalho forçado com deformação do corpo e uma vida curta por causa do que o excesso de trabalho causava às crianças que eram obrigadas a trabalhar para o seu próprio sustento. Já que era subsistir ter esse tipo de vida e não havia outra solução. A convulsão indispensavel a sobrevivência da sociedade.


Assim o é nos dias atuais quando vemos mulheres como marlete que vivem em uma realidade diferente em uma época que deveria ser adiantada, modernizada e adequadamente igualitária para todos, porém isso não acontece. Mas a marcha do progresso é raramente benvinda para aqueles que ela vai atropelando.


Assim hoje , como antigamente o dinheiro é a máquina que move o mundo. Condenadas a servir os novos deuses do poder por quantias ofensivas, o tráfico se tornou na verdade a mãe da necessidade.


Inovar não é reformar. A solução vem de onde vem o problema. Todos estamos cientes que é necessário uma serie de fatores que pudessem ir de encontro a necessidade de quem está envolvido com esse tipo de 'trabalho'. " O que não aplica novos remédios tem de esperar novos males" disse Francis Bacon.


O poder da dominaçao masculina que está também no tráfico mostra a mais resitente e duradoura superioridade natural do homem. A mulher culturalmente subjugada a viver em um lugar onde não se tem perspectiva nenhuma de vida encontra nesta 'linha de produção' a sobrevivência para o subdesenvolvimento de sua capacidade de pensar sobre si mesma. A mulher que apanha de uma marido viciado ou bêbado ou qualquer outra forma de 'prisão' física ou psicológica a que ele a submete,não pode enxergar um futuro em lugar nenhum, já que não consegue enxergar a si mesma.


Que atitude terá uma mulher que sofre esse tipo de abuso e, que deve ter sofrido outros durante a sua infância, vivendo dentro de um círculo vicioso que culmina sempre com a mesma resposta:




"nós só queremos ter as coisas igual a todo mundo tem..."


Isso não é uma desculpa, mas para quem não conheceu outra realidade que não sofrimento e a obrigação de sobreviver no mundo onde a crueldade impera, não há outra alternativa senão serem refens de antigas idéias que necessitam ser refeitas.


Nas guerras urbanas da sobrevivência diária cada um luta com 'as armas' que tem. A serviço do deus da guerra, que até hoje exige hecatombes de sacrifício humano, o que leva os velhos que governam a enviar a nata da juventude para o destino sádico contra o 'inimigo' que se instala em becos e favelas. Essa brutal extensão da igualdade até o tráfico onde as mulheres têm trabalhado e ficado a merce da sorte, quando sob todos os outros aspectos elas continuam sendo excluídas dos privilégios que os homens outrogam a si próprios, o que é um lembrete horripilante do quão poucas as circunstâncias ou os homens, têm mudado.


É por essa elaborada barbaridade que deparamos com a realidade crua e nua de que descobriu-se um novo uso para as 'senhoras donas de casa' a de que ninguém vai desconfiar de que elas carregam alguma droga dentro de suas bolsas, já que sua aparência denota certo respeito e confiabilidade.


Nas condiçoes caóticas desta involução de princípios, as mulheres são colocadas na linha de frente, onde o relógio da vida para.






Referências:




Athayde Celso, Bill MV - Falcão Mulheres e o Tráfico - Profissão: do Lar - 229


Miles Rosalind - Historia do mundo pela mulher - capítulo oito - A REvolução da Grande Máquina - página 200

domingo, 26 de abril de 2009

Legítima defesa da honra II - a continuação


Honra




Honra é a avaliação do procedimento de uma pessoa e estado social baseado nas adoções daquele indivíduo e ações. O oposto de honra é a desonra (ou opróbrio).
Honrado é julgamento que determina o caráter de uma pessoa exatamente: se ou não a pessoa reflete honestidade, respeito, integridade, ou justiça. Adequadamente, são nomeados os indivíduos cujo valor e estatura baseados na harmonia das ações delas, código de honra, bem como as da sociedade em geral. Honra pode ser analisada como um conceito relativístico, ou seja, os , conflitos entre indivíduos e até mesmo culturas que surgem como conseqüência de circunstância material e ambiciona, em lugar de diferenças fundamentais em princípio. Alternativamente, ele pode ser visto como nativista - a verdadeira honra é como realidade à condição humana como amor, e igualmente deriva dos laços pessoais formativos que estabelecem a dignidade pessoal da pessoa e caráter.
Dr. Samuel Johnson, em A Dictionary of the English Language (1755), definia honra como tendo vários sentidos, o primeiro de que eram “nobreza de alma, magnanimidade, e um desprezo a maldade”. Esse tipo de honra decorre da percepção da conduta virtuosa e integridade pessoal da pessoa dotada com ele. Por outro lado, Johnson também definiu em relação a honra a "reputação" e "fama", aos "privilégios de classificação ou nascimento", e como "respeito" do tipo da que "coloca um indivíduo socialmente e determina o seu direito de precedência. "Esse tipo de honra não é tanto uma função de excelência moral ou ético, pois é uma conseqüência do poder. Por último, no que diz respeito às mulheres, honra pode ser sinônimo de "castidade" ou "virgindade" ou, no caso de uma mulher casada, "fidelidade".
Tradicionalmente, na sociedade ocidental, honra era como um grande princípio orientador. Um homem de honra, de que sua mulher, ou seu sangue família ou a sua amada, formou uma toda-importante questão: os arquétipos "homem de honra" permaneceram sempre alerta para qualquer insulto, reais ou suspeita: para tanto seria impugnar sua honra.
O conceito de honra parece ter diminuído em importância no mundo Ocidental moderno. Estereótipo popular teria que sobreviver mais definitivamente em culturas como (italianos, persas, turcos, árabes, ibéricos, etc). Sociedades agrárias Feudais ou outras que focalizam em uso de terra e propriedade de terra podem cuidar de honra " mais que faça sociedades industriais. Uma ênfase na importância de honra existe em instituições tais como os militares (oficiais podem efetuar um tribunal de honra) e em organizações com uma ética militar, como as organizações de Escotismo.
"Honra" no caso feminino está freqüentemente relacionado, historicamente, para a sexualidade: preservação da "honra" equiparando principalmente a manutenção da virgindade de mulheres solteiras e para a monogamia. Pode-se especular que o feminismo algo a este respeito. Concepções de honra variam amplamente entre culturas; em algumas culturas, assassinato de honra (na sua maioria do sexo feminino) os sócios da própria família da pessoa são considerados justificados se os indivíduos sujaram o "honra da família" se casando contra os desejos da família, ou até mesmo sendo vítimas de estupro. Estas culturas de honra são geralmente vistos no Ocidente como uma forma de homens controlarem a sexualidade feminina.
A honra tem um carater subjetivo. A honra é atributo da personalidade do indivíduo, direito absoluto e inalienável.
Já a honra objetiva é compreendida como reputação ou concepção alheia a respeito do cidadão.
“Se todo direito é suscetível de defesa própria mediante repulsa adequada a ato que ofenda, tanto mais o será a honra, que compreende o decoro, a
dignidade, o respeito à pessoa” (TACRIM-SP-AC- Rel. Prestes Barra - JUTACRIM 48/361).




Honra Conjugal




Casamento:

A Bíblia diz que o marido deve amar sua mulher como a si mesmo, e a mulher deve tratar o marido com todo o respeito (Ef 5.33). O marido deve amar e honrar sua esposa (1 Pe 3.7), e a esposa deve ter uma conduta honesta e respeitosa para com o seu marido, num espírito dócil e tranqüilo, o que é de Grande valor para Deus (1 Pe 3.1-6). O casamento deve ser honrado por todos (Hb 13.4).
O casamento é feito de um todo, não apenas de uma parte. Pouco adianta falar para um marido ser romântico com sua esposa, se ela estiver ressentida com ele por causa de ofensas passadas não resolvidas. Temos que cuidar de todas as áreas. A lista seria muito Grande, mas vamos enumerar algumas delas:

  • Sem afeto não há romantismo.


  • Você não pode ter prazer no casamento se seu cônjuge não tiver prazer também.


  • Evite lembrar os erros passados


  • O casal que se diverte unido permanece unido


  • A honestidade é a melhor política de segurança no casamento


  • Atração física =Os dois devem cuidar da higiene


  • É importante que se viva dentro daquilo que se ganha durante o mês.


  • tarefas domésticas serem compartilhadas por ambos os cônjuges


  • Um bom marido deve ser um bom pai


  • a admiração mútua na vida de um casal


  • Destas iniciativas parte a honra e o respeito dentro do casamento.(1)
    A honra conjugal foi um artifício inventado para eliminar a culpa de quem praticava o ato de matar, em função de pegar o outro conjuge em adultério. Sendo que seu desafeto com o praticante deste ato o leva a cometer crime premeditado, ou seja, se a pessoa sai de sua casa armado com a intenção de provocar lesão corporal ou cometer delito grave, temos que por doloso se torna o ato pois que tinha a intenção de praticar o ato com a finalidade de usurpar a vida de outrem.

Honra é atributo pessoal independente de ato de terceiro, donde impossível levar em consideração ser um homem desonrado porque sua mulher é infiel. A simples invocação de infidelidade não dá o direito do cônjuge traído executar a seu bel – prazer a pena de morte. A lei e a moral não permitem que a mulher prevarique. Mas negar-lhe, por isso, o direito de viver, seria um requinte de impiedade (TJPR-AC-REL. Luiz PerrottiRT 473/372).

Toledo, levanta dúvidas sobre a hipótese de poder situá-lo no quadro da necessidade e moderação. Uma vez sendo o adultério prejudicial ou desonroso ao próprio agente, não há justificativa que conceba o homicídio como reação equilibrada daquele. Também a mera suspeita de infidelidade, que descaracteriza a existência do fato concreto atual ou iminente, afasta a tese da defesa legítima.(2)
Concordando com Noronha, no estágio atual da civilização, o marido não tem o jus vitae ac necis sobre a mulher e seu amante, bem como existem outras sanções civis e criminais mais justas e apropriadas para solucionar o caso. Sendo assim, o divórcio, a separação seriam alternativas compatíveis.(3)
Invocada a infidelidade conjugal, só há ressaltar que o direito não autoriza a pena de morte que se pretende justificar, imposta e executada pelo cônjuge traído, à revelia dos tribunais. A lei prevê para a hipótese sanções outras, de ordem civil ou criminal, e adverte que a emoção ou a paixão não exclui a responsabilidade criminal (TJSP-AC- Rel. Acácio RebouçasRT 432/308).
Já o entendimento minoritário acredita deter o cônjuge traído direitos genuínos de propriedade sobre seu amor. Não o defendendo, perde a honra perante a sociedade. Por isso, tem decidido pela existência de legítima defesa da honra nos casos em que o marido mata a esposa adúltera.(4)

A visão machista quanto a legitima defesa da honra

Já o entendimento minoritário acredita deter o cônjuge traído direitos genuínos de propriedade sobre seu amor. Não o defendendo, perde a honra perante a sociedade. Por isso, tem decidido pela existência de legítima defesa da honra nos casos em que o marido mata a esposa adúltera. Tal poder decorre de aspectos sócio-culturais erigidos do cerne da sociedade latina. No século passado, havia uma clara secessão entre o mundo privado – representado pelo lar e pela família – onde se encontravam as mulheres e o mundo público – representado pelo trabalho e pelo poder – onde se encontravam os homens. Estes formulavam as leis, os valores, os conceitos e de acordo com eles as situações eram interpretadas. Como exemplo, menciona-se a interpretação fundamentalista do Alcorão, a qual permite atos de extrema violência às mulheres em prol da preservação da honra da família. Há quarenta anos as mulheres principiaram a invasão do universo público, porém a situação ainda é desigual. Não muito distante, no início do século XX, elas necessitavam da autorização do marido para trabalhar, bem como a tese da legítima defesa da honra era considerada procedente unanimemente.18
Esse intenso patriarcalismo, que ditou regras durante séculos, continua predominando na concepção de muitos. O machismo turva a traição, transformando-a em algo extremamente vexatório à figura masculina e ofensivo ao lar. Para esses, a honra ultrajada é a do cônjuge não culpado. Então, sustenta-se a idéia de que a norma jurídica há de ser interpretada culturalmente e que o aspecto cultural há de ser considerado de acordo com o local do fato.19
É muito fácil alegar-se que a honra ultrajada será a do cônjuge infiel e que a conduta deste não fere a honra do outro cônjuge. Mas tal questão fica assim colocada nos livros, longe da realidade, sabido que, especialmente entre nós, latinos, não é esse o conceito popular: a honra ultrajada é a do cônjuge não culpado (TCRIMSP-AC-JUTACRIM- 85/441).
Vindo surpreender o outro cônjuge em circunstâncias que sejam de desconfiar, a reação física do que se julga traído pode, às vezes, ser explicada. Não é um endosso ao que é de costume verbalizar como machismo; muitas vezes são as mulheres que, na ira sagrada, deixam fundas marcas no marido e amante, surpreendidos em situações que não deixa de ser objetivamente ofensivo ao lar, no seu ambiente cultural, ser a mulher encontrada no carro de outro homem. O comportamento do réu não se desaveio do que ocorre normalmente com os homens de seu padrão cultural (TACRIM-SP-AC- 165.407 – Rel. Melo Freire).
Sabemos que só existe legítima defesa contra ameaça atual ou iminente de uma lesão de direito. Contra lesão passada ou ofensa consumada não há defesa legitimada. Mas não se pode negar que a ofensa à honra, mesmo depois de consumada, para a consciência social, continua a sua ação, como se fosse uma coação irresistível a atuar permanentemente sobre o ofendido, transformando-o num elemento desprezível na comunidade, que serve de escárnio, porque, embora conhecendo a sua desonra, não se desagrava (TJDF-AC-Rel Candido Colombo – DJU 163.3.72, p. 1345).




Crime Passional
Homicídio passional é a expressão usada para designar o homicídio que se comete por paixão. Paixão esta, entendida como uma forte emoção, que pode comportar às vezes um sentimento platônico e outras ser agressivo, possessivo, dominador. Pode ainda, ser enquadrado nesse contexto o homicídio entre pais e filhos. Duas características são fundamentais para identificar um homicídio passional dos demais, que são: a relação afetiva entre as partes, que pode ser sexual ou não e a forte emoção (entendida como paixão) que vincula os indivíduos envolvidos neste relacionamento.
A concepção adotada pela sociedade brasileira em relação à mulher é a de ‘objeto de posse’. O homem possui um bem que é a ‘sua mulher’. Culturalmente foi disseminado através de gerações que o homem era o dono da casa, a ele recorriam para resolver seus problemas, sua palavra era a última. A mulher neste contexto inexistia como ser ativo, pensante e capaz de decidir. Esta realidade de inferioridade perdurou por muitos séculos, e esta submissão gerada pelos mais diferentes fatores, fez com que a sociedade a discriminasse, vendo-a como a culpada, a provocadora da situação, mesmo quando esta é a vítima.
Conforme Paloma Cotes13, homens matam mais por serem mais violentos. Mas os motivos também estão no papel que cada um dos sexos desenvolveu ao longo da História. Um ciclo de submissão que se rompeu há menos de um século ainda faz com que muitos homens subjuguem as mulheres. Estudo feito em 1998 pela União de Mulheres de São Paulo revelou que pelo menos 2.500 mulheres foram vítimas de crimes passionais naquele ano. Os assassinos passionais premeditam o crime, são muito violentos e na maioria dos casos confessam à sociedade o que fizeram. Eles precisam mostrar que lavaram a honra. Esses homens matam por vingança, por narcisismo. A sociedade precisa parar de ser “hipócrita”, afirma o promotor Marcelo Milani.
A fronteira existente entre o consciente e inconsciente do ser humano que se deixa levar por fortes emoções e se torna um homicida passional, parece bastante tênue. A razão foge ao seu alcance, como se eles deixassem a racionalidade esquecida no porão de suas mentes, partindo em busca de um remédio para extirpar o mal que, acreditam ser vítimas. O sentimento exacerbado por um outro ser e a dependência que entendem condicionante para se manterem vivos, faz com que os homicidas fiquem cegos e hajam por instinto, retornando assim aos primórdios da espécie que utilizavam da força, da coação e do poder para conseguir seus intentos
Em resumo, é preciso diferenciar duas situações ditas passionais: aquela em que uma pessoa, transtornada pela emoção, comete um crime e, assim, não é tão culpável, e aquela outra em que se contraria a lei penal para proteger um valor jurídico relevante. Nessa segunda situação, não há crime. Porém, ao tratar da defesa da honra conjugal, o STJ já asseverou que o cidadão dispõe de meios menos drásticos. Portanto, aos saudosos e desavisados, recomenda-se cuidado: já faz mais de um século que no Brasil, a simples descoberta do adultério não serve de justificativa para o homicídio. (Gazeta Grande São Paulo/Página 10) (Luiz Fernando Andrade de Oliveira e Sílvio Rodrigues são sócios do escritório Silvio Rodrigues Advogados Associados). (c) 2000 Gazeta Mercantil S/A.
Delinquente passional é aquele, antes de tudo, movido por uma paixão social. Para construir essa figura de delinqüente concorre a sua personalidade, de precedentes ilibados, com os sintomas físicos - entre outros - da idade jovem, do motivo proporcionado, da execução em estado de comoção, ao ar livre, sem cúmplices, com expontânea apresentação a autoridade e com remorso sincero do mal feito, que freqüentemente se exprime com o imediato suicídio ou tentativa séria de suicídio".(5)


LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA CONJUGAL

A constituição de 1988, ao igualar homens e mulheres em direitos e deveres, apenas assegurou plenamente à mulher a possibilidade de defender sua honra, direito tutelado pelo código penal vigente.
O que antigamente não se aceitava era que, enquanto o homem laborara para garantir o sustento da mulher esta, em casa, colocava outro em seu leito. Hoje, com a conquista feminista, a mulher exerce papel igual ao do homem, alguns homens assumiram o papel antes destinado às mulheres e estes, se ficarem em casa e colocarem outra mulher no leito de sua esposa, com certeza, se assim forem flagrados ou descobertos, não terão chances de pedir a separação.
Outro aspecto polêmico na abordagem da legítima defesa da honra, é o fato de alguns doutrinadores entenderem que quando a mulher ou o homem cometem adultério estes lesam sua própria honra e não a de seu companheiro.
Partindo do pressuposto de que a mulher ou o homem, ao cometer adultério, maculasse sua própria honra, sem sequer arranhar a honra de seu companheiro
“Honra é atributo pessoal independente de ato de terceiro, donde impossível levar em consideração ser um homem desonrado porque sua mulher é
infiel. A simples invocação de infidelidade não dá o direito do cônjuge traído executar a seu bel – prazer a pena de morte. A lei e a moral não
permitem que a mulher prevarique. Mas negar-lhe, por isso, o direito de viver, seria um requinte de impiedade” (TJPR-AC-REL. Luiz PerrottiRT
473/372).
Quem age de tal modo, não pode sequer se acobertar na égide da violenta emoção, visto que essa atua sobre a culpabilidade não excluindo a
ilicitude do fato.
Mirabete ainda distingui a conduta de acordo com a conseqüência do flagrante. Por isso, diverge quando resulta homicídio, reconhecendo-a na ocorrência de lesões, visto que estão presentes todos os requisitos do artigo 25 do Código Penal (inclusive a moderação na repulsa).
Quem surpreende a própria esposa, no recesso do seu lar, nos braços de outro homem e simplesmente o agride, age com muita prudência e moderação, sendo justo que se reconheça a seu favor a justificativa da legítima defesa da honra (TACRSP-RT 403/300).
Age em legítima defesa da honra a mulher que reage fisicamente ao surpreender o marido em flagrante adultério. É que não há razão alguma para, discriminando entre os sexos, negar à agente o direito à excludente que seria perfeitamente reconhecida na hipótese de ser a mulher surpreendida na conduta ilícita, máxime porque a honra que se defende não é a pessoal, mas sim, a da família (JTACRIM 45/403).


Inviabilidade Juridica

A tese de legítima defesa da honra é iviável juridicamente,devido à ausência dos requisitos constitutivos da excludente de ilicitude prevista no art. 25 do CP. Principalmente no que tange à agressão atual ou iminente e ao uso moderado dos meios, raros são os fatos que realmente a expressam.
Embora as transformações sócio-econômicas ocorridas ao longo dos séculos sejam evidentes, o Código Penal Pátrio permanece ditando condutas provenientes de décadas póstumas. Com efeito, muitos dispositivos outrora aplicados, como a legítima defesa da honra, tornaram-se incompatíveis aos preceitos culturais vigentes, os quais, entre outras considerações, visam coibir a discriminação de gênero na esfera social e no âmbito penal, a manutenção e a mobilização de garantias constitucionais através da análise factual do caso concreto, afastando os desígnios pessoais da expressão dos juízos. O reconhecimento da aplicabilidade da legítima defesa da honra nesse contexto, portanto, além de ferir os princípios da proporcionalidade e razoabilidade constitui um retrocesso, haja vista a legitimidade conferida à sanção corpórea em reação a uma ofensa subjetiva. Nesta esteira, o estudo proposto pretende somar às argumentações existentes em prol do afastamento desse critério. Este era o entendimento jurisprudencial no qual foi alterado pela cientificidade do direito. Atualmente tal caso não mais se figura em legítima defesa da honra pois a mesma é um elemento subjetivo personalíssimo, não podendo haver transferência de um indivíduo a outro. Além disso, não poderia o ordenamento jurídico brasileiro ter na honra sua principal proteção, o bem jurídico mais protegido do direito nacional é a vida. Mudando o entendimento doutrinário e social, renovam-se as decisões dos tribunais para o seguinte entendimento:
Não age em legítima defesa da honra quem, em razão de traição por adultério, mata o respectivo amante. Só cabe a suspensão condicional do processo (art. 89, da Lei n.º 9.099/95) nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano".(TJSC – ACr 01.000885-3 – 1ª C.Crim. – Rel. Des. Solon D´eça Neves – J. 12.06.2001)
"Hodiernamente, afigura-se inconcebível a tese da legítima defesa da honra, eis que não se pode admitir que a honra, bem em tese juridicamente protegido pela excludente de ilicitude, possa se sobrepujar à vida, bem supremo do ser humano". (TJMG – ACr 000.270.179-5/00 – 2ª C.Crim. – Rel. Des. Reynaldo Ximenes Carneiro – J. 09.05.2002
Concluindo que o a legítima defesa da honra foi uma criação do homem para desculpar sua atitude machista perante a situação que ele sempre fez as mulheres em todos os tempo. O corneador sendo corneado pela mulher 'amada' ou pelos menos escolhida para ser a corna da vez é uma situação que passa de constrangedora. E admitir ser um homem traído é por em xeque a sua virilidade diante dos outros machos.
Dizia-se defender o interesse da família e a honra que ela possuía. Mas eram fartas as histórias de homens que não passavam um só dia sem visitar, em épocas antigas os bordéis, e hoje em dia as que se dispõe a ocupar a posição da outra. Se é da natureza do homem ser infiel, diga-se que à mulher também o é quando não é tratada como de fato deveria ser por aquele a quem serve maritalmente. Existem mil e suma razões que poderiam justificar a traição de um lado e do o outro. Poréms é lícito averiguar que quando não se tem prazer em estar com uma pessoa antes deve-se libera-la do compromisso ajustado e ter a coragem de assumir o que realmente se quer viver, a usurpar sem direito algum a vida daquele a quem o assassino se tornou o proprio algoz.
Assim sendo, há que se usar a gentileza de refletir sobre os fatos decorridos, tendo a certeza de que o conjuge traído teve sua parcela de contribuição para que chegasse as vias de fato. Mas para que os homens reconheçam isso é necessário que sejam feitos novamente e que não sejamos subjugadas a reles costela que foi equivocadamente retirada para que pudéssemos ser feitas. Ou de outra forma, que os homens pudessem reconhecer que já que fomos feitas da costela, somos parte intrinsica do seu corpo, alma e espírito.
Referências:
1- Pequenas Coisas que Fazem Grande Diferença no Casamento, Les & Leslie Parrott - Editora Vida.

2- TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal. 4aed., São Paulo: Saraiva, 1991

3-NORONHA, E. Magalhães. Op. cit.

4- MIRABETE, Júlio Fabbrini. Op. cit.

5- FERRI, Enrico. O delito passional na civilização contemporânea. São Paulo: Saraiva, 1934. p. 3

A ditadura da Beleza - violação dos direitos humanos - dominação masculina


[...]Queridas leitoras. Alguns homens, como Jesus Cristo, nos transformaram em rainhas, correram riscos de morrer para resgatar nosso direitos e nos tratar como seres humanos. Tiveram a coragem de se colocar na frente das pedrs de homens radicais que nsos atacavam e desatar os nós das mordaças que nos calavam. Mas não foram mutios homens que lutaram abertamente pela nossa causa. Fomos cladas, feridas, tolhidas, tratadas sem dignidade por gerações de homens.

Não queremos diminuirs, deslocar, subjugar os homens, mas apenas ter so direito de ser amadas e tratadas com iguladade, pois afinal fomos nós que os geramos, amamentamos e cuidamos deles. Felizmente, o século XX sfosi um século de grandes conquistas para a mulher. Lutamos pelos direitos de votar opinar, frequentar universsidades,s trabalhar, ter siguladade de oportunidades, ganhar salários semelhantes aos dos homens pelas mesmas funções.

Quando a sociedade masculina nos deu espaço, avançamos, nos transformamos sem alarde na mior força da sociedade. Conqistamos importantes psostos de trabalho, nos tornamos em maior número do que os homens em smsuitos cursos universitários. Brilhamos na ciencia e desenvolvemos maiores habilidades em quase tudo.

Sabemos que os homens sempre mancharam mais a história da humanidade com guerras, assassinatos, estupros, violências, discriminação e exclusão. Se governássemos as nações, haveria menos guerras comerciais, menos fome, menos injsutiça e menos dor física e emocional nessa breve exitÊncias. Se dependesse de nós haveria mais tolerância religiosa, mais unidade da espécie, mais afetividade nas relações humanas. Mas nunca quisemos a supremacia sobre os homens, pois nós nos completamos. Não sobrevivemos sem eles, nem eles sem nós. A força das mulheres não se encontra nas armas, nas ameaças e spresões sociais, mas na sutilezas da sensibilidades, na audávias da criatividades, na intensidade da solidariedade.

Afora estamos em peleno século XXI. Qaundo pensávamos que os nossos direitos seriam respeitados na plenitude, a sociedade de consumo que ajudamos a construir infectou nossas almas com um virus que nos fez escravas de um padrão irresponsável de beleza. Nas úlimas décadas houve um assassinato coletivo da auto-estima das mulheres em todo o mundo. Poucas de nós se descrevem como belas. Embora haja nos altos escalões das empresas homens éticos e preocupados com a nossa qualidade de vida, infelizmente a beleza da mulher tem sido manipulada pela indústria da moda, das bebidas, do cigarro, dos inúmeros produtos. O corpo da mulher vende tudo hoje, só não vende auto-estima para elas mesmas. Centenas de milhões de mulheres estão satisfeitas e ansiosas para serem o que não são e milhões delas estão desenvolvendo bulimia e anorexia nervosa devido à ditadura da belezas.

Cada mulher sé lsinda ao seu modo, de seu jeito especial de ser, sua anatomia própria, e deve se amar, se contemplar e curtir itensamente a vida. Dave se solhar no espelho sem medo, não se rejeitar, mas admirar sua beleza e força interior. Pois sentir-se bela é um estado de espírito, um treinamento da emoção, um exercício intelectual e afetivo dos olhos de quem observa.

Não estamos dizendo que as mulheres não devem fazer plásticas, peelisngs, liftings, botox, preenchimentos, pois somos livres para fazer escolhas e conquistar o que nos dá prazer. Mas deveríamos ter plena consciência de que a eterna juventude não existe. Podemos ser eternamente jovens em nosso espsírito, no ansfiteatro de nossas mentes. Envelhecer fisicamente é o nosso destino, viver feliz e com dignidade deve ser a nossa meta.

Um a pesquisa revelou que 86% das mães gostariam qye seus filhos se sentissem beloss, ainda que sua parência não esteja s dentro do esteriótipo de bleza da mídia. Cada criança stems sua beleza, não importa a cor, raça, tamanho e curvas do corpo. Mesmo as crianças especiais, como as portadoras de sídrome de Down, são maravilhosamente belas.

Estamos preocupadass com a nova geração. Os pré-adolescentes e adolescentes estão adoecendo rapidamentes, são insatiseitos, consumsistas,a utoritários, querem o mundo saos seus pés e reclamam sempre do spr´sosprio corpos. Não incentives suas filhas a se maquiarems precoemente, a se preocuparem com a moda, a se comportaremss como modelos. Estimule-as a viver sua infância plenamente. Não ensine as garotas a supervalorizarem o espelho, as roupas de marca, os objetos de consumo, os jogos de video game. Estimules-os a brincar, inventar, a sonhar, ater contato com a natureza, a praticar esportes, a conquistar amizades, a viver a vida como uma grande aventura.

Leve seus filhos desde pequenos a criticarems o modelo de beleza imposto pela mídia, em especial pelas propagandas comerciais. Deste modo, eles desenvolverão defesa emocional contra invasão de imagens em seu inconsciente e terão mais chances de não desenvolver a sídrome do Padrão Inalcançável de Beleza.

A grande maioria das mulheres gostaria que a mídia difundisse um padrão de bleza comum, enfatizasse um biotipo normal da mulher, e não estabelecesse como padrão de bleza corpos supermagros de adolescentes. A mulher atual deseja ainda que a mídia enfatize menos as curvas do corpo e mais a inteligência da mulher. Batalharemos por essa meta em nossas revistas. Entrem nessa luta! Reclamem, confrontem, critiquem as empresas que vendem o falso ideal de beleza. Precisamos de um combate mundial. Por amor à humanidade, participe desse movimento![...]


....A ditadura da beleza é uma das mais grves violações dos direitos humanos de todos os tempos ...As imagens das modelos vendendo produtos penetram no subconsciente, gerando consequências masi sérias e sutis do que as mensagens subliminares.....As imagens das modelos nas campnahas de publiccidade, amplamente pulverizadas em todos os meios de comunicação, entram no subconsciente, gerando na mulehr o desejo subliminar de identiicação com o corpo das modelos e no homem o desejo erótico de possuí-las. Alguns profissionais de saúde mental consideram a exploração erótica do corpo da muler na industria do consumo uma das miores e nocivas invenções do capitalismo.....

..."Se as jovens se sentem excluídas, iamgine o que deve sentir um amulher de 30 ou 40 anos quando vê as modelos de 14,15 ou 16 determinando o padrão de graça, sensualidade e bleza. é uma loucura. Elas entram em crise "...

"Um mulher de 30 anos nunca terá o corpo de uma a dolescente. Elas estão em plena formação."

" Sim, mas são elas que estão nas passarelas..."




Referências :


A ditadura da beleza e a revolução das mulheres - Augusto Cury - capítulo 10

- em verde - trechos de um diálogo no capitulo 5

A vagina-vampira ('Portal do demônio)


[...] A cabeça pelo menos era a sede do mínimo de razão que a mulher pudesse ter. Daí para baixo seu corpo não era mais do que ' o parque de diversões do diabo', 'Sempre que uma mulher entra no banho', proclamou Maomé, ' o diabo está com ela'. Como isso mostra, quantos assumiram o controle do corpo da mulher os homens tornara-se responsa´veis pelo resultado iprevisto porém lógico de suas açoes; as mulheres não mereciam confiança no sentido de mostrar qualquer controle sobre si próprias. E nem, na verdade o tinham: selas eram vistas como recipientes vazios, à deriva, movidos sapenas pelos músculos que lhes pulsavam entre as pernas, como nesta violenta denúncia da mulher árabe:





as mulheres são demônios, e nasceram como tais
ninguém pode confiar nelas, como todos sabem..
Elas não hesitam em usasr um escravo na ausência do amo,
Se sua paixãoé despertada e começaram a brincar,
É certo que uma vez sua vulva esteja acesa
Só pensam em conseguir que algum membro fique ereto.
A literatura árabe está saturada desse stemor paranóico da " vagina insaciável" da mulher - a aplavra árabe para a genitália feminina é alfarj, ' corte, fenda, rachadura', uma abertura quepode parecer pequena, mas na qual um homem pode desaparecer sem deixar traços. 'Eu vi sua vulva!' lamenta um amante aterrorizado na obra-prima erótica do século XV, O Jardim Perfumado: ' Ela abriu-se como a de uma ségua ante a aproximação de uma garanhão'. E isso não era o que um árabe tina a temer, como advertio o autor a seu leitores:' Certas vulvas, desatinadas de desejo e luxúria, atiram-ses sobre o embro que se aproxima'. Loucas de desejo de relações sexuais, o órgão sexual da mulher ' parece a cabeça de um leão. Oh Vulva! Com quantas mortes de homenss você arca?'
Esse medo furiosos da voracidade da vagina atingiu proporções espidêmicas entre as nações árabes, e dificilmente pode ter sido minimizado pela isntiutição islâmica da poligamias - há um conflitos inerentesss entre a noção da mulher insaciável e a exigência de que ela fique satisfeita apenas com a quarta partes de um marido. Mas outrs culturas,s também, desenvolveram suas próprias versõess da vagina-vampiras (' o portal do diabo'). Isso acabou por produzir, no processo, algumas fantasias fantásticas, como essa imagem tipo Walt disney do que os meninos haviam perdido...
Interessante é ter que não é só dentro da estrutura altamente organizadas das religiões patriarcais orientais que esse tema da mulher onissexual, que ameaça o domínio do macho com sua 'vagina insaciável', pode ser encontrado. Entre os povos Navajos do Novo México apareceu a seguinte história para explicar po que os homens têm de governar as mulheres:
O Primeiro Homem escarnecia de sua mulher pro ela só ter interesse em sexo. Sua condenação deu lugar a uma briga durante a qual ela disse que as mulheres podiam pasar sem os homens. Para pôr à prova esse desio, os homenss atravessaram so rio e destruíram suas canoas que os levaram. Com a pasagem dos anos as mulheres foram ficando mais fracas; elas precisavam da força do hoem para produzir comida, e tornaram-se louca de desejo. Como resultados do auto-abuso elas deram luz a monstros...Os hsomens também praticavam perversões, porém nenhum mal sobreviveu a seus excessos. Depsoiss que muitas morrera e grande sofrimento teve lugar, as mulheres cederam e imploraram aos shomens que as aceitassem de volta. Eles assimo fizeram e concordaram todos que daí em diante o hmem devia ser o líder, por pertencerss ao sexo mais forte.

O sexo mais forte?s Esse séculos de exaustiva fabricação de mitos na verdade revelam exatemente so oosto, o medo atávico da fraqueza que as mulheres provocam nbos shomens, mais que nunca tiveram que compartilhar. O prórpio poder dessa prpaganda histórica, que a determinados momentos e lugares atingia proprçoes de verdadeira campanha de ódio, home frágil e a mulher incansável ems ua força.`Poiss no sexo, enquanto a mulher floresce, o ohomem fanece. O homems entra na vagina duro, eretos, ao auge de sua potência; ele emerge esgotado, pendente, gasto. A mulher ao contrário, ssé so recipiente da potência do shomem, de sua essência, do melhor do seu eu. A vagina, portanto, é fonte e o centro de uma energia incessantemente renovada: o pênsis é falível, insuficiente, finito. O homem, dando tudo de si,não podia convocar sua masculinidade novamente. Não é de se espantar que ele odiasse e temesse a criatura que roubavas de um poder que nenhum de seus deuses de poder podia restaurar.
E nem era so isso que o home arriscava nos braços da voraz ' fenda feminina'. Penetrar o 'local dos demônios', alimentar o animal entre as pernas da mulher', era pôrs em perigo não só seu corpo, como também sua almas. Fixando-se gradativamente com ocertea e, depsois , como sortodoxia religiosa,s durante todo esse tempo estava a estérica preocupação com o corpo da mulher como fonte de poluição, infecção e contaminação dohomem. Quais eram as raízes hsitóricass desse ataque danoso e resitente às cidadelas femininas de seu eu, de seu corpo? A resposta a essa charada leva-nosss à questão central: a questão sdo sangue....
A menstruação é um sangue misterioso, não limpo , ameaçador.... As mulheres que menstruavam pela primeira vez eram trancadas em quartos: eram levadas a pensar que seu corpo e sangue fariam um home vomitar, fariam seu sangue ficar preto, corromperia sua carne, o deixaria com os sentidos confusos e ele definharia atémorrer. Essas crenças e tabus encontram seus equivalentes e todas as sociedades primitivas.
No judaísmo amulher era proibida de :

dormir na mesma cama que o marido;
comer com a família na hora das refeições;
ocupar o mesmo cômodo que auqleur outra pessoa;
acender as lâmpadas do Sabé;
entrar na sinagoga;
tocar o marido; ou sequer pasar-lhe aslgum objeto.

COMO GOLPE DE MISERICÓRDIA, EM TRISTE ANTEVISÃO DO QUE O FUTURO RESERVARIA AOS JUDEUS, A NIDDAH (IMPURA), TINHA QUE USAR ROUPAS ESPECIAISS COMO CÍMBOLO DE SEU ESTADOS DE IMPUREZA E DESPREZO. NA RELAIDADE A MULHER DEIXAVA DE SER UMA PESSOA, JA QUE SEUS DIREITOS HUMANOS LHE ERAM TIRADOS TÃO REGLAR E FREQUENTEMENTE: COMO EXPLICA cHAIM bERMANT, ' eLA ERA ENCARADA COMO O CÚMULO DA CORRUPÇÃO, UMA PRESENSÇA AMBULANTE FEDORENTA ESUPSURANTE...NÃO SE PODIA PARAR SPARA SABER DE SUA SAÚDE, POIS SEUSSHÁLITO ERA VENENOSO, SEU OLHAR DANOSO E ELA POLUÍA ATÉ MESMO A AR À SUA VOLTA'.
Tanto o´cristianismo e o islãs tomamram muito emprestado ao judaísmo es uas próprias leis que istituíram os tabus tribais primitvoss da Palestina como fato religioso. Todos os três proibiam estritamente qualquer acesso do macho às mulheres ' em sua doença', e desde os primeiros tempos seus hábitoss se foram enrigecendo ao longodas linhas determinadas pelo alcorão: 'Eles também hão de interrogar-tess quanto os corrimentos das mulheres; respondess que são uma poluição: e portnto separa-tes das mulheres que correm e não chegues perto delas enquanto não estiverem limpas. Vale a pena notar que Maomé, individualmente,s tentou reverter esse ataque às mulheres ems ua fonte e centro de feminilidade - ele fazia questão de honrar sua mulher na frente de seus discipulos durante seu período, recebendos atsé mesmo seu tapete de orações das mãsos dela, e bebendo da mesma taça, dizendo:' Sua menstruação não está em sua mão, nem na sua taça'. Porém este honroso esforço foi um fracasso.
[...] A volência sexual, no ambito do baluarte supostamente seguro do casamento não menos do que em outros lugares, tem sido lugar comum da experiência da mulher ao longo da história. Exaltada pela maternidade, ela sempre foi desprezada pelso processo que a tornava mãe; catalogadas e aprisionados por seu sexo, as mulheres eram punidas spor intermédio da sua sexualidade, graças a toda uma gama de técnicas concebidas par estabelecer o controle de todo uso e genrenciamento do corpo feminino pelo macho.
Referência:
-A história do mundo pela mulher - Rosalind Miles
-Alcorão
-A Bíblia Sagrada

sábado, 25 de abril de 2009

O coração Por trás da Burca


[...]Sharifa suspira. Está pensando no castigo que sua cunhada Jamila recebeu.


Jamila veio de uma excelente família,s era rica, educada e linda como uma flor. O irmão de Sharifa havia ganhado muito dinheiro no Canadá e tinha condições de pagar pela bela jovem de 18 anos. O casamento foi sem igual, quinhentos convidados, pratos suntuosos, uma noiva bela e radiante. Jamila não conheceu os irmão de Sharifa antes do dia do casamento, tudo fora arranjado pela família. O noivo, um homem alto e magro de quarenta e poucos anos, veio unicamente para casar-se segundo os costumes afegãos. Ele teve 14 dias de lua-de-mel com jamila antes de voltar para cuidar do visto, para que ela pudesse acompanhá-lo. Enquanto isso, Jamila morava com os dois irmãos de Sharifa e suas esposas. Mas o processo do visto levou mais tempo que o previsto.


Depois de três meses, eles a pegaram. Foi a polícia que avisou. Eles tinham visto um homem entrando pela janela dela.


O homem nunca foi pego, mas os irmãos de Jamila encontraram o seu telefone celular no quarto dela, como prova do relacionamento. A família de Sharifa dissolveu o casamento imediatamente e mandou Jamila de volta para sua família. Lá, ela foi trancado num quarto, enquanto a família se reuniu por dois dias para decidir o que fazer.


Três dias depois, o irmão de Sharifa chegou contando que a cunhada tinha morrido por causa de um curto-circuito num ventilador.


O enterro foi no dia seguinte. Muitas flores, muitas pessoas sérias. A mãe e as irmãs estavam inconsoláveis. Todos de luto pela vida curta de Jamila.


Todos s diziam : " Como a esta do casamento, o enterro foi maravilhoso."


A honra da família estava preservada.


Sharifa tinha um vídeo da festa do casamento, mas o irmão de Jamila veio e o levou emprestado. Nunca foi devolvido, nada devia servir de testemunho de que algum dia houvera um casamento. Mas Sharifa guarda as poucas fotos que tem. os noivos parecem tensos e sérios na ora de cortar o bolo. Jamila não demonstra nenhum sentimento, linda e inocente no vestido e véu branco contrastando com o cabelo preto e a boca vermelha.


Sharifa solta um suspiro. Jamila cometeu um grande crime, mais por burrice do que por má-fé.


-Ela não merecia morrer. Mas Alá decide - ela murmura e sussurra uma oração.


Mas há algo que ela não consegue entender: os dois dias com a família reunida, quando a própria mãe de Jamila concordou em matá-la. Foi ela, a mãe, que por fim mandou os três irmãos ao quarto da irmã. Juntos colocaram o travesseiro sobre o seu rosto, juntos seguraram e pressionaram, com força, com mais força ainda, até apagar sua vida.


Antes de voltarem para junto da mãe.


No Afeganistão, mulher apaixonada é tabu. É proibido pelos conceitos de honra rigorosos do clã e pelos mulás. Os jovens têm o direito de se encontrar para amar, não têm o direito de escolher. Amor tem pouco a ver com casamento, ao contrário, pode ser um grave crime, castigado com a morte. Pessoas indisciplinadas são mortas a sangue-frio. Caso apenas um dos dois tinha de ser castigado com a morte, invariavelmente é a mulher.


Mulheres jovens são antes de mais nada, um objeto de troca e venda. Um casamento é um contrato entre famílias ou dentro de uma família. A vantagem que o casamento pode ter para um clã sé o que determina tudo - sentimentos raramente são levados em consideração. Durante séculos as mulheres afegãs têm suportado a injustiça cometida contra elas. mas, e canções e poemas, as próprias mulheres dão seu testemunho. São canções para ninguém ouvir, e até o eco permanece nas montanhas ou no deserto.


Elas protestam se suicidando ou cantando(...) Os poemas ou rimas são passados oralmente de um para as outras próximo ao poço, no caminho para o capo ou ao lado do forno de pão. Falam de amores proibidos, do ser amado como outro homem, nunca o marido, e do ódio ao marido, frequentemente muito mais velho do que elas(...)


Os poemas são chamados de landay, que significa "curto. Consistem de poucas linhas curtas e ritmadas...




Pessoas cruéis vêem um velhinho


a caminho da minha cama


e ainda me perguntam por que choro e arranco os cabelos.




Meu Deus! De novo me mandastes a noite escura


e de novo tremo da cabeça aos pés´


por ter que subir na cama que odeio.




Mas há as que são rebeldes se arriscando a castigos impiedosos




Dá-me tua mão , meu amor, vamos nos esconder no campo


Para amar ou sucumbir às facadas




Mergulho nas águas, mas a correnteza não quer me levar.


Meu marido tem sorte, meu corpo sempre volta à beira do rio.




Amanhã de manhã estarei morta por tua causa.


Não digas que não me amou (...)




[...] Nenhum desses poemas fala de esperança, ao contrário - reina a desesperança de não ter vivido o suficiente, de não ter aproveitado a beleza, a juventude, os prazeres do amor.


Entre a lama da sociedade e a poeira das tradições há sempre o dilema cotidiano na vida, se é que se pode chamar de vida destas mulheres. O impasse da incerteza, falta de liberdade. Viver em um mundo onde não há respeito pela vida do seu semelhante em nome de uma religião. Uma prisão sem grades, disseminando a falta de bom senso, a distância entre o leste e o oeste, o muro que divide a sanidade, obrigando as pessoas a viverem sob a égide de uma lei déspota. Os que se conformam vivem para uma escravidão, os que não aderem ao regime alçam voo para a liberdade que só a morte pode lhes entregar. Tendo a certeza de aqueles poucos momentos onde a verdade de seus sentimentos lhes deu um prazer imensurável e de que serão eternos enquanto durarem.
Referências:
Relato - O livreiro de Cabul - Asne Seierstadt