terça-feira, 28 de abril de 2009

A Guerra do Sutiã não adiantou nada - ainda somos submissas

Hoje assistindo a um programa de moda na tv, pude perceber a loucura que tem invadido a vida das mulheres. O programa funciona mais ou menos assim, uma moça é indicada por amigos e familiares para que seu layout seja modificado para que sua aparência melhores e ela realmente vista roupas que caem bem a uma mulher da sua idade, seja ela qual for. Uma moça de trinta anos, estava se vestindo como uma menina de quinze. As roupas muito curtas, muito decotadas, cheia de fendas.
Esstava conversando com minha irmã e ela disse indignada sobre esse assunto o fato de quando nós mulheres acima dos vinte e cinco anos não somos mais admiradas pelas nossas formas curvelíneas e arredondadas. Quando andamos na rua, os homens que antes nos admiravam por termos corpo de mulher, agora trocam por meninas mais novas. Tabuas com peito. Ou como diria José Simão sobre a São Paulo fashionweek, essas meninas parecem com chester, ou seja osso com peito.
Isso faz com que as mulheres mais velhas queirams ter uma aparência deformada, cosias do tipo paranóia na real, pois ser trocada por uma mulher mais nova é uma sentença dura de se aceitar.
O que antes era símbolo de liberdade agora se tornou instrumento de tortura. De que valeu queimar o sutiã em praça pública se hoje somos ainda mais submissas as ditaduras masculinas que se impõe na mídia.
Hoje a guerra não é por um ideal revolucionário de mulheres que se sentiam sufocadas ou aprisionadas, por tratamento desigual, falta de respeito, humilhação, violência domestica, enfim um milhão de motivos para poder modificar a história e mudar o rumo daquilo que seria uma catastrofe social se as mulheres tivessem continuado fazendo o que não queriam, sendo o que não eram sob o cabresto dos homens.
Porém, de uma forma menos sutil e mais agressiva fomos limitadas ao regime absolutista da aparência obrigatória das meninas dos mangas e das passarela.
Por décadas as mulheres lutaram por direitos iguais. Queimar sutiã em praça pública, fazer paciatas Agora, hoje, com tanta mulher turbinada, dois anos depois dos implantes de silicone não tem sutiã que segure. É um tal de peito batendo na cintura que vou te contar. Tudo durinho. Mas caidinho!Aliás, a tal queima de sutiã não aconteceu. A prefeitura não deixou. Mas ficou como esses tantos mitos urbanos, virou verdade. No dia 7 de setembro de 1968, enquanto Jordi Ford era eleita Miss América e, do lado de fora do teatro, uma centena de mulheres gritava lemas de protesto, a história eternizava um episódio que, na realidade, nunca aconteceu: a queima de sutiãs em praça pública. Para protestar contra a ditadura da beleza que estava sendo imposta às mulheres de seu tempo - o degradante símbolo burro-peitudo-feminino, como dizia o manifesto divulgado naquele dia - mulheres de vários estados americanos saíram às ruas de Atlantic City levando símbolos de feminilidade da época: cílios postiços, revistas femininas, sapatos de salto alto, detergentes e sutiãs. Elas organizaram uma "lata de lixo" onde todos os apetrechos seriam queimados. Mas a queima não chegou a ocorrer. "A prefeitura não autorizou o uso de fogo", diz a feminista americana Amy Richards. 1
Podemos imaginar que este ato significou o ato de libertação da mulher para o mercado de trabalho, a igualdade com os homens em direitos, salários equiparados, mesma jornada de trabalho,reconhecimento de sua inteligencia e criatividade na hora de expor suas ideias, sentar na cabeceira da mesa de reuniões e sobre o salto destilar sua superioridade e agressividade sufocada durante séculos de abusos e maus tratos.
Símbolo de opressão se torna o decreto de independencia ou morte às margens de uma sociedade cujos padrões imitavam o da era primitiva e estagnava as ações das mulheres nos mais diversos campos de trabalho.
O sutiã deve ser usado por quem quer e se sente bem com esse tipo de acessório. Não deve ser um uso obrigatório por imposição de valores estéticos que escravizariam as mulheres novamente. O que vem acontecendo. Hoje as mulheres de trinta querem se parecer as menininhas de 15 porque assim a mídia dita e impõe. De forma que os homens têm seguido estes padrões e trocado mulheres maduras pelos corpos anoréxicos de menininhas em formação. Isso nos deixa inseguras? sim, isso faz de nós marionetes? sim. As pessoas estão equivocadas quanto as escolhas que devem fazer. E uma delas é não permitir que as mulheres amadureçam e ofereçam o melhor da sua essência com o passar dos anos.a moda hoje é ter o corpo de uma menina com os peitos de uma mulher. Ou seja, mensagem subliminar - seja anoréxica e ponha silicone, pois mulher fora do padrão não tem vez no mercado.
Os homens amadurecem, criam barriga , rugas, manias e isso está bem resolvido na sociedade. Mas a mulher não. Vejo pelo meu pai que é um homem de 68 anos e que namora uma mulher de 44 anos. Ele não quer as mais velhas. Estão caidaças, as mulheres da idade dele estão velhas, ele diz. E assim, a história se repete, em cada casa. Uma sombra de insegurança povoa o olhar das mulheres mais velhas.
Mas ao invés de queimarmos novamente o sutiã na praça, nos submetemos, invadimos as academias, fazemos todas as dietas loucas, agredimos nosso corpo das mais variadas formas possíveis, porque ser rejeitada é muito duro. Ser trocada pela mininha de quinze é estarrecedor, uma tortura quase incessante, pois essa ferida nos acompanha para onde formos.
[...] Sultan tinha escolhido três moças que poderiam servir de esposa para ele. Todas eram saudáveis, bonitas, e de seu próprio clã. Na família de sultan, os casamentos efora do clã são exceções. É considerado mais sabio e seguro casar-se com parentes, de preferência com primos ou primas.
Primeiro sultan tentou Sonya, de 16 anos. sTinha olhos escuros amendoados e cabelos pretos que brilhavam. Seu corpo era bonito e exuberante, e dizam que trabalhava bem. Vinha de uma família pobre e tinha o parentesco apropriado....Enquanto Sultan arquitetava como pdeir a mão da escolhida sem o paoio das mulheres da família, a primeira esposa vivia feliz ignorando que uma menina, nascida no mesmo ano que ela e Susltan se casara, ocupava os pensamentos do marido. Sharifa estava ficando velha, como Sultan, cinquenta e poucos anos. Ela dera a ele três filhos homens e uam filha. Estava na hora de um homem da posição de Sultan procurar uma nova esposa.(...) Sultan voltou para casa para contar à família a grande novidade. Encontrou sua mulher Sharifa, a mãe e as irmãs no chão em volta de uma travessa com arroz e espinafre. Sharif pensou que ele estivesse brincando. Deus risadas e brincou com ele.(...) Era inimaginável que ele tivesse pedido alguém em casamento sem o consentimento delas. Suas irmãs ficaram atônitas.
Ninguém queria acredita nele. Não até el mostrar o lenço e os doces que o pretendente ganha dos pais da noiva como prvoa do noivado.
Sharifa chorou durante vinte dias. (...) Sultan pediu que ela se controlasse. Ninguém na família da família apoiou Sultan, nem mesmo os próprios filhos. Ainda assim, ninguém tinha coragem de dizer nada. A vontade de Sultan era sempre soberana.(...) Sultan não ligou para as lágrimas da mulher. (...) Sharifa foi obrigada a ir a festa de noivado.(...) Ele até exigiu que fosse Sharifa quem colocasse os anéis nos dedos de Sultan e Sonya.(...)todos iriam dividir o mesmo teto até que a morte os separasse.[...] 2
Você vê a mulher muçulmana. Muitas pessoas costumam dizer que elas são oprimidas pelo fato de serem obrigadas a se esconderem inteiras dentro de uma burca. Mas o que a gente não consegue perceber é que a mulher brasileira, apesar de colocarem o corpo todo à mostra, inclusive o sutiã, é tão submissa quanto à muçulmana. Isto porque elas seguem apenas as regras impostas pela mídia e, consequentemente, pela moda. Então eu não vejo muita diferença do comportamento da mulher de hoje para as de antigamente. A única coisa que mudou foi a forma de se expressar, porém, no fundo, continua tudo a mesma coisa.
Esse comportamento do macho de mais de quarenta achar que deve achar uma mulher mais nova são: mas a vitalidade, energia, disposição e sentimento de renovação que estou vivendo hoje, são as melhores coisas do mundo; entre 28 e 32 anos sao cheias de manias.ja vem com ex alguma coisa.Tipo ex marido,ex noivo.Costumam ter filhos...essas coisas.sou um homem atual e nao me vejo mais com uma mulher que venha cheia de problemas; querem moldar uma mulher pra si proprios.
As menininhas novinhas não têm preocupações até se tornarem as mulheres de trinta quando serão trocadas por outras de vinte e assim segue o círculo vicioso.
O que acontece na verdade não é o encanto pela menininha de vinte. O problema é que a mulher perdeu muito do seu papel como esposa, no contexto da família. Ela saiu atrás da igualdade e esqueceu bastante o seu papel com respeito ao marido e aos filhos. A coisa de ter de sair de casa para se realizar, fez com que o papel de mãe e de esposa ficasse em segundo plano.3
Mas em verdade faço minhas as palavras de nosso ilustre bloggero, filósofo, pedagogo e dançarino de tango Gustavo Gitti:
[...]"Ela não sente nada sob controle (nem dela, muito menos seu). Ela não espera! Sua ausência não encontra paralelo feminino. Mulher é sempre movimento presente, ânsia por amor e abertura. Se não for com você, será com outro. Isso não as faz putas ou traidoras. Elas têm tanta culpa quanto uma música que oferece sua beleza a qualquer um que se aproximar. Nesse meio tempo, enquanto você e sua lógica esperavam, ela conheceu outro, se apaixonou e fez tudo que queria fazer com você. Para ela, o amor é sempre amor, vindo de você ou de qualquer cara. Isso faz com que ela o ame e do nada passe a odiá-lo. Se quer consolo, tenha certeza de que o mesmo vale para o outro cara.(...)Você erra uma palavra e toda a noite de sexo se vai. Isso parece horrível até que você entende que basta acertar novamente! Só mais uma palavra e toda a noite de sexo está ali novamente, bem na sua frente. Sexo, casamento… às vezes uma vida se vai por uma palavra mal colocada. O feminino é esse ser que nos escapa. Sempre que nos agitamos para persegui-lo, voltamos sem nada para casa. O homem feliz é aquele que fica. Às vezes chove, ele se molha. Às vezes vem o Sol e ele sorri.(...)Voltando ao namoro em crise. Você espera; tudo sob controle; transaria com ela a qualquer momento. E ela? Não, ela não voltaria ao sexo a qualquer momento. E, sim, ela poderia se abrir ao sexo a qualquer momento. Você precisa perceber primeiro o “Não” para construir o “Sim”. Sem acolher e aceitar, você não conseguirá liberar e redirecionar. É muito comum ver homens tentando resolver à distância, sem antes se aproximar"[...]
A falta de sensibilidade do homem joga-nos no precipício que não queríamos cair. A necessidade de conhecer deveria ser maior que a competitividade do viver a dois.
Se essa submissão cega nos tolhe a feminilidade e a liberdade de ser de envelhecer e amadurecer como exige a natureza. Tudo se tornou muito superficial. O corpo, o desejo, a paixão, a loucura por ser sempre jovem, por estar sempre com o melhor emprego e os melhores salários.
Falta-nos um pouco de olhar interior, mas a crueldade que o mundo nos impõe não permite isso. O veneno já foi inoculado. O ar que respiramos está impestiado.
Fundamentalmente somos todos frutos do inconsciente absurdo do novo que renova o velho, ou seja, como o rei Davi fazia na sua velhice, dormia com jovens para que a energia delas pudesse renovar a sua e assim garantir que pudesse suportar os seus anos das cãs que atingem as mulheres mas também aos homens. Ninguém está isento da idade. Tomara que as mulheres comecem a trocar os homens mais velhos pelos mais novos, afinal das contas mania por mania ficam todos quites


Referências:

2-Trecho do livro - O livreiro de Cabul - Asne Seierstad
http://nao2nao1.com.br/closer-o-jogo-dos-7-erros-para-homens/
3-revista enfoque gospel - edição 56 - ano 5 março de 2006

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