sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quando a sua personalidade sofre preconceito e é violentada pelos outros que não concordam com a maneira que você é.


Olha é uma história dificil de se contar porque me envolve. Eu era membro de uma igreja evangélica, da qual participava já havia uns 7 anos. Eu fazia parte do corpo de cantores ou 'levitas' como se chama nessa instituição.

Eu tenho uma personalidade forte e uma visão empreendedora de qualquer assunto, porque pra mim 'tudo que se planta, colhe', basta querer trabalhar. E esse meu jeito insistente de ser, não desistindo dos meus ideais, batia de frente com todos. Porque além da personalidade forte eu também tenho uma atitude que se tornou um problema pra mim ' eu falo a verdade para as pessoas', doa a quem doer. Não que eu seja a dona da verdade, porque eu não sou. Sou ciente disso. Mas porque é interessante como nós todos de alguma forma procuramos sempre estar mentindo pra nós mesmos em relãção a nossa vida de forma fugir daquilo que é a verdade que vai nos libertar e nos proporcionar uma maior desenvoltura e alcance dos sonhos.

Esse meu gênio que muitos diziam ser terrível,não me ajudou na minha empreitada, faço mais inimigos que amigos e isso pra mim não é um privilégio, mas também não dou tapinha nas costas de ninguém e detesto bajulação. Tá , aí é que começa a história, o fato de eu querer fazer as coisas do meu jeito e não do jeito deles. O fato de eu não ser rica e não ser uma 'sócia' da igreja, porque quem dá dízimo muito alto pode opinar e mandar em tudo. No meu caso eu não podia fazer isso. Não tinha pai rico, nem com cargo importante dentro da igreja, tipo pastor.

As pessoas não gostavam mesmo de mim. Por causa do meu jeito livre de ser, apesar de ter que seguir certas normas. Porque quando a gente tá dentro de uma instituição existem certas normas que não há possibilidade de burlar até mesmo pelo bom andamento da coisa toda. Continuando, eu sou questinadora e as pessoas não gostam de gente assim.

Foi-me dito para não fazer isso, para não falar a verdade as pessoas, para não falar de forma alguma, para ser um robo e agir como vaquinha de presépio. Eu como queria cantar, fiz. Foi um erro. Deveria ter sentado o pé em tudo e ir viver a minha vida. Mas essa foi a vez de me enganar. Foi minha vez de mentir pra mim mesma e insistir num caminho que não tinha saída.

Pra encurtar, mudou o pastor. Eu fazia parte do 'conselho', mesmo sem ter muita grana. Eles resolveram me pegar pra judas e me colocaram na fogueira.

O pastor novo, nem quis saber, não ouviu o meu lado, já que eu não tinha dinheiro para comprar a defesa do pastor. Eu fui a única que fui tirada dos meus cargos. O pastor não quis me ouvir. Isso porque sempre tem os dois lados da história. Ele advogado formado, advogou a causa dos que contribuiam com o pagamento do aluguel da igreja, e do bem estar dele já que ele vive disso.

A gente sabe que tudo isso conta. Ele não me ouviu, me acusou de ser grosseira, increnqueira, de não tratar bem as pessoas. Na realidade todo mundo que queria me ver fora dali colocou um tijolinho na história e construiu o 'muro de berlim'.

Eu não tive um advogado de defesa. Ninguém ficou do meu lado. Isso porque eu não tinha cometido nenhum crime. Nem mesmo as pessoas que se diziam meus amigos ficaram do meu lado. Nessa hora cada um salva o seu. Ninguém quer ficar mal na situação. Você que se foda.

Eu achei injusto da parte dele não me ouvir, não me tratar com descência. Afinal Deus o justo juiz não tira ninguém da presença dele. Mas o homem não é Deus e em se tratando de dinheiro ninguém quer saber do resto. Tem gente que vende até a mãe!!!!

Achei mesmo uma falta de respeito. Achei mesmo que foi uma violência velada contra a minha pessoa. Um 'apartheid' por causa da minha personalidade que não baixa a cabeça na hora da da adversidade mas aprende com ela.

Eu sou contestadora de natureza. E nasci com essa virtude. Fiquei em depressão durante três anos sem conseguir sair de casa, porque me achava um lixo por ter a personalidade que eu tenho. Estou falando disso´, porque não só eu passei por isso, como muitas pessoas são tiradas pelo que elas são.

Isso começou dentro da minha casa. Porque minha mãe não aceitava a minha personalidade independente. E eu carreguei isso pra onde eu ia. Assim em todo lugar todos me tratavam do jeito que minha mãe me tratou. Ela pensava estar fazendo o bem. Mas no mundo lá fora quando as coisas são cruéis, e tudo existe para te destruir. A gente é lapidado pelo traquejo social. A gente aprende as duras penas que a vida não te favorece. Mas depende da gente acreditar que mesmo nadando contra a maré, mesmo não tendo a personalidade mais afável do mundo existe uma forma dela se encaixar no meio em que você vive.

Depois disso eu achava que não ia ser aceita em lugar nenhum. Se eu fui rejeitada num lugar onde todos devem ser aceitos, independente de raça, nivel socio-cultural, personalidade, opção sexual e etc, não seria aceita em mais lugar nenhum. E me bloqueei de tal forma que não havia solução para os meus problemas. Hoje eu estou dando a volta por cima. E nada nem ninguém, nessa terra tem o poder de me parar novamente.

Não deixe nunca as pessoas ditarem o que é certo e é errado. Siga o seu coração em conjunto com a razão. Encontre o seu ponto de equilíbrio e seja feliz. Afinal com 6 bilhões de pessoas neste mundo não há como ninguém ser igual a ninguém, ainda que sejam coincidentemente parecidos.

Sou uma obra de arte inacabada e sei que meu escultor tem prazer no que ele tem feito em mim. Sei que eu tenho valor. Pelo que sou, e não pelo que tenho.

Com a certeza de que eu sou meu próprio michelangelo. Eu também ajudo nessa construção.


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